26 de fevereiro de 2013

Sai um escuteiro para a mesa do canto!!

Aqui está mais um comentário estruturado de um escuteiro acerca da minha opinião pessoal sobre a classe escuteira.
 
Neto_869 deixou um novo comentário na sua mensagem "Para que servem afinal os escuteiros??":

Boas vou te fazer uma pergunta, gostas de cagalhão?

se não ou sim és um porco !

se não sabes, não tens opinião sobre o assunto!
 
Caro Neto_869, define gostar, se não for pedir muito que o teu cérebro se mexa um bocadinho. E em que sentido? Físico, gastronómico, platónico? Em princípio, e realmente é uma pergunta que nunca me havia colocado nem sequer havia pensado seriamente sobre isso, acredito que não deva gostar uma vez que não faço retenção do mesmo. Mas também não queria ficar comprometido com um não e, dessa forma, ser um porco. Mas se disser sim, estaria a mentir e aí ficaria um porco mentiroso.

Mas também não quero ficar na dúvida porque acho que podemos ter opinião para tudo, mesmo para tudo. Por exemplo, caro Neto_869, também não vivi no período da 2ª Guerra Mundial mas daquilo que li e vi posteriormente acho que o nazismo foi algo execrável. Não é preciso ter estado lá ou viver naquele tempo.
 
Mas realmente fizeste-me pensar na vida Neto_869. Se calhar vou entrar nos escuteiros só para poder resolver este grande dilema da minha vida que me puseste à frente. Eu quero ir para o meio do nada até me perder e ser resgatado pelos bombeiros, eu quero fazer cenas com cordas para atar melhor os sacos do lixo, eu quero acampar no cu de judas para abraçar a natureza e assim poder saber se efectivamente gosto daquilo que me perguntas. E se não achar a resposta talvez vá para os fóruns da TSF e da Sic-Notícias fazer a pergunta.

25 de fevereiro de 2013

Banif

Este poderia ser um daqueles post's muito bem escritos sobre a crise do Banif e os seus efeitos nos nossos bolsos.
 
Mas não. Efectivamente é acerca de um spot muito bom (em mau) que passa na rádio alusivo ao cartão refeição desenvolvido por este grupo bancário.
 
Cada que vão dizendo uma frase promocional ao mesmo, aparece um tipo a gritar "Toma que já almoçaste!".
 
E realmente, quando olho para o dinheiro que o Estado (nós!) está a meter (perder!) no banco, uma das primeiras reacções que tenho é "Toma, que já almoçámos!"

Pinocar

Eu continuo a admirar os marketeers e publicitários que grassam (graçam talvez fosse o mais adequado) pelo Mundo.

A capacidade que têm para criar nomes é absolutamente genial e idiota ao mesmo tempo.

Estes são cotonetes. Já nem vou pelo termo coloquial de pinocar, mas pinoca significa pedante e até pelintra (um excelente slogan poderia ser "Pinoca é a sua imagem").
 
Enfim, vocês divertem-me!!

Eu agora é mais cavalo...

Quando surgiram as primeiras noticias de que algumas marcas adulteravam os seus produtos, incluindo produtos que não constavam nos ingredientes impressos nas embalagens, a primeira precupação das televisões e dos jornais foi investigar a existência de talhos de carne equina ou de saber se a mesma será prejudicial à saúde.
 
Ora, o que está aqui em causa, muito antes de isso, é a questão de andarmos a comprar gato por lebre. Esse sim é o cerne da questão. Porque a carne de cavalo até pode ser a melhor do mundo (não coloco isso em causa), até podiam ter lá metido caviar ou lagosta, mas o ponto principal é que algumas empresas vendem cavalo como sendo vaca. Estão a enganar-nos, estão a aldrabanar-nos. Não estamos a consumir aquilo que efectivamente compramos.

E numa União Europeia que é sempre tão voluntariosa em saber o calibre dos pepinos, o tamanho dos carapaus ou a embalagem do azeite nos restaurantes, não deixa de ser preocupante verificar que, afinal, todo este controlo dito tão rigoroso é provavelmente uma grandesíssima bandalheira.
 
PS: nunca o nosso prato típico "bife com ovo a cavalo" fez tanto sentido.
PS2: faço ideia a corrida às estantes dos supermercados pelas embalagens da Findus, principalmente por ex-utentes do Casal Ventoso, quando ouviram dizer que "havia cavalo nas lasanhas"

O Exame da Troika

E aí está mais um exame da troika.
 
Portugal faz-me sempre lembrar aqueles colegas que tínhamos na escola a quem chamávamos carinhosamente de marrões.

Estavam sempre nas carteiras da frente, de vez em quando viravam-se para os alunos de trás, invariavelmente para os mandar calar, e tinham canetas de todas as cores. Estes empinavam tudo o que o professor dava de matéria e depois era despejá-la nos testes quase exactamente como o professor ditava nas aulas. Obviamente tinham boas notas, mas não era seguro que efectivassem soubessem alguma coisa. Aliás pelas conversa que raramente se tinham era fácil de perceber que não faziam ideia de quem era um primeiro-ministro, o ponta de lança do Glorioso ou situar no mapa o Iraque.

Portugal é também um aluno marrão. Faz tudo de acordo com o que o professor (troika) ensina (ou exige), mas efectivamente não sabe nada, não retém absolutamente nada. Somos uns grandes alunos mas se nos perguntarem outra coisa qualquer ficamos pasmados a olhar o vazio.

20 de fevereiro de 2013

Está na Hora de Cortar Relva(s)

Nem num governo africano penso que haveria espaço para Miguel Relvas. Nem em África, Relvas resistiria politicamente.
 
Depois de um interregno de actuações magistrais (a última acho que foi no caso RTP já lá vão para aí duas ou três semanas), eis que volta.
 
A cena do ISCTE é algo que vai passar a ser corriqueiro sempre que houver intervenções de membros de governo mais ou menos à porta aberta.
 
Era impossível que isso não acontecesse. Os filhos dos reformados estão indignados com o que andam a fazer às reformas dos seus pais. Os netos andam indignados com o que fazem aos salários dos seus pais e às reformas dos seus avós. E os pais dos filhos e filhos dos avós (é só para confundir!!!) andam indignados porque os seus filhos não têm futuro neste País (ah! os avós também se indignam com isto em relação aos seus netos).
 
Nunca um governo foi tão transversal intergeracionalmente. Penso que seja inédito. Infelizmente é algo inédito do ponto de vista negativo, tornando-se quase surreal.
 
Eu penso que estará muito perto a altura de algum membro do governo levar nas trombas (e longe de mim estar a incentivar o que quer que seja!!! Dar nas fuças ao um membro do governo não é o meu estilo... já irem para o Campo Pequeno como o outro queria por vezes passa-me fugazmente no pensamento...)
 
Ver o Relvas a cantar é triplamente deprimente. Primeiro porque a voz dele é péssima, segundo porque vê-lo a fazer aquele frete como quem quer entrar na onda é patético e por último, mas se calhar até mais importante em termos de alarvidade, é ver alguém que não sabe a letra de uma canção mas insiste em cantá-la emitindo de quando em vez as sílabas finais de um verso.

....... .... morena
.... .. ........dade
. .... . .... .... ...dena
 
Patético!!!
 

15 de fevereiro de 2013

Facturas

Ontem a RTP fez uma reportagem à porta do bar da Assembleia da República, questionando os deputados se haviam pedido factura.
 
Um deputado do PCP interrogou-se se o repórter era funcionário das finanças, e que não sendo não lhe iria responder (curiosa a resposta, num partido que está ser a falar de frontalidade e seriedade).
 
O deputado do PS disse que tinha bebido só um café por 35 cêntimos (deve dar cá um lucro aquele bar!!!). O repórter afirmou que para qualquer quantia, se não se pedisse facturia incorria-se numa multa. O deputado perguntou ao jornalista se essa lei já estava em vigor (se nem eles sabem!!!!!!).
 
O deputado do PSD também afirmou que tinha gasto apenas 40 cêntimos, logo não fazia sentido pedir factura, dando até um exemplo do incumprimento de leis dentro das instalações do Parlamento Europeu (como se isso servisse de atenuante ou desculpa).
 
O deputado do CDS ficou tão surpreendido com a pergunta, que em passo rápido disse que pedia sempre factura (mas disse aquilo com a mesma convicção com que eu diria que o Bibi é um exemplo para sociedade).
 
Quando temos estes exemplos de quem faz as leis, está tudo dito sobre o caminho que estamos a tomar (não, não é o tomar do Francisco Viegas)

13 de fevereiro de 2013

Papa

E de repente Franquelim Alves ganha descanso com a notícia da resignação do Papa.
 
A notícia da renúncia do Papa ao pontificado é tanto mais surpreendente como estranha.
 
Na realidade, é muito bonito ouvir todos os padres falarem desta renúncia como um acto generoso de Ratzinger, mas mais interessante seria saber exactamente o que esteve por detrás desta decisão, tanto mais que a última vez que ocorreu qualquer coisa deste género foi praticamente na Idade Média.
 
Para mim a justificação pura e dura do cansaço físico a mim não colhe, tanto mais quando vimos o que se passou  com o Papa antecessor, que se arrastou penosamente durante os últimos anos do pontificado.
 
Não gosto muito de teorias conspirativas (bem, se calhar até aprecio), mas com o passado de Ratzinger na juventude hitleriana e com as todas as histórias da Igreja associadas à pedofilia, bem como o recente caso do mordomo, não me admiraria nada que estivesse aí um novo escândalo ligado ao Vaticano.
 
Mas agora é hora de escolher um novo Sumo Pontífice, que espero seja capaz de renovar a Igreja, por pouco que seja... Um rapaz novo, assim de 70 anos...
 
Curiosamente eu cheguei a ver o Papa ao vivo em Luanda/Angola (em Lisboa fui daqueles que trabalharam nesse dia em prol do país em vez de ir abanar lenços de papel como fazem em Alvalade semana sim semana não). E posso assim dizer que vi um Papa ao vivo conseguindo sobreviver sem ser molestado sexualmente.