Madeira

Mais uma vez as tragédias a alimentarem a sede de sangue dos jornalistas portugueses. Com tantos livros, séries e filmes de vampiros, não deixa de ser curioso que a grande base do mundo vampiresco esteja afinal nas redacções de jornais e televisões...

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Nota-se uma grande ansiedade dos jornalistas para verem sangue, os falecidos, as famílias dos mesmos em sofrimento... só água a correr encostas abaixo não chega... pedras por cima de carros é muito pouco... os jornalistas querem um pouco de Haiti também na Madeira... É uma dupla tristeza, pela tragédia em si e pelo comportamento vampiresco, mais uma vez, dos jornalistas...

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Ontem, na Sic, um directo do aeroporto de Lisboa onde a equipa de juniores do Marítimo aguardava o regresso ao Funchal, um jornalista (?? vamos chamar-lhe gajo da Sic) do canal aproxima-se de um atleta que falava ao telemóvel e interrompe-o à bruta para um dialógo sui generis:

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Gajo da Sic: Já conseguiu falar com familiares?

Atleta (ainda ao telemóvel): Ya, ya...

Gajo da Sic (em busca de sangue): E estão todos bem?

Atleta (ainda ao telemóvel): Ya, ya

Gajo da Sic (frustado por não ter sangue para mostrar): Não fala português?!

Atleta: Falo...