10 de agosto de 2011

London (III)

Os conflitos em Londres não são manifestações contra a polícia, como é óbvio. Isso é uma mera desculpa que grupos de marginais arranjam para tentar justificar o injustificável.
 
A verdade é que em todas as sociedades existem indivíduos que estão predispostos a roubar e pilhar outros só porque não querem trabalhar. Sim, porque as imagens que temos visto dos assaltos não são indivíduos a roubar comida... eles vão sempre aos LCD's, telemóveis, aparelhagens... tudo o que não interessa, por raiva e angústia interior ou por senilidade mental, resolvem destruir e/ou queimar (o incêndio da loja de carpetes e tapetes têm alguma lógica, por exemplo?!).
 
Eu continuo a defender que nestas situações de grande alvoroço e de tremenda desorganização (outras muito comuns são por exemplo catástrofes naturais, como os terramotos), em que pessoas se aproveitam para pilhar (e volto a repetir, não estamos a falar de roubar comida!), a polícia deveria ser implacável e atirar a matar. Alguns dirão que seria uma chacina... Não creio, já que ao fim de 2 ou 3 casos, os próximos já não ousariam tentar. Seria isto um comportamento medieval? Sim, talvez, mas por vezes na vida as respostas aos actos têm de ser ainda mais duras que os próprios actos.
 
Agora vêm os ultra-nacionalistas de extrema direita ingleses dizer que vão para o terreno colocar as coisas na ordem. Outro aproveitamento da situação... Uns pilham, outros vão malhar nos que pilham e a polícia inglesa parece completamente desorganizada para fazer face a esta situação. Há muito que o exército deveria estar na rua, há muito que o estado de sítio deveria ter sido declarado... Ou as autoridades arriscam-se a perder definitivamente qualquer controlo da situação que ainda possam almejar.

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