6 de janeiro de 2012

Pingo Doce de Vergonha

Confesso que me estou praticamente a borrifar para a história do Pingo Doce emigrar para a Holanda.
 
Se me deixassem pagar impostos na Holanda (e estes fossem mais baixos), trabalhando em Portugal, provavelmente também optaria por essa solução. Infelizmente trabalhadores dependentes estão bastante limitados a este nível.
 
Também não vou colocar em cima da mesa a questão ética do acto dos responsáveis do grupo Jerónimo Martins numa altura em que o País atravessa dificuldades. Todos sabemos que os ratos são os primeiros a abandonar os barcos que se afundam... e a nossa opinião acerca dos empresários costuma ser "só pensam em dinheiro !!!" e não "são tão beneméritos!" (faz-me lembrar as críticas que se fazem aos futebolistas por gastarem milhões em casas, carros, mulheres mas quando fazem qualquer asneira mais séria logo vêm os arautos da ética dizer que "eles deviam ser um modelo para os jovens").
 
O que me aborrece realmente nesta história toda é que a União Europeia, que tem leis para tudo e mais alguma coisa (calibre de pêssegos, malha das redes de pesca, etc), permita que empresas sejam deslocadas administrativamente para outros países mesmo que não venham a desenvolver qualquer actividade nesse país exceptuando um exíguo espaço físico a que chamarão sede...
 
Boicote ao Pingo Doce por causa disto? Claro que não !!! (e os danos colaterais a todos os trabalhadores portugueses que estão lá, a todos os produtores nacionais com quem têm relações comerciais?)
 
Mais lógico seria boicotar o Pingo Doce por causa daquelas canções horripilantes que nos entram pelos ouvidos meses a fio... Isso sim!! 

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