23 de junho de 2014

Crónicas do Mundial - E.U.A.

No jogo com os E.U.A. a equipa portuguesa, relativamente ao jogo anterior, veio confirmar duas coisas:

i) não jogamos absolutamente nada;
ii) fisicamente estamos num estado deplorável;

Se no 1º caso já era uma prática comum no tempo de Paulo Bento, sendo disfarçado pelas exibições de Ronaldo, no 2º caso já é um caso mais estranho. Não me parece muito normal que haja tantas lesões musculares como os jogadores apresentam, tanto mais fazendo a comparação com as outras selecções.

A escolha do local de estágio parece assim ter sido feita não por Paulo Bento, o seleccionador de uma equipa de profissionais de futebol que vão representar um país, mas sim por Paulo Bento, um veraneante que está a escolher um destino de férias (pior só quando fomos para Macau estagiar no Mundial da Coreia com os resultados que se viram na altura)

Neste momento, como em tantas outras no passado, estamos reféns da matemática. E nós sabemos como os futebolistas são sempre tão bons a matemática.

Para passarmos necessitamos daquilo que já foi classificado como 'um milagre'. Eu diria que iremos necessitar pelo menos de 3 milagres:

i) a Alemanha ganhar por 1 ou 2 golos aos Estados Unidos (o mais verosímil de acontecer);
ii) Portugal ganhar ao Gana (será que conseguiríamos ganhar a alguma selecção deste Mundial??);
iii) Portugal ganhar ao Gana por 3 ou mais golos de diferença ao Gana (sem comentários);

Ou seja, é uma espécie de milagre de Fátima em conjunto com o milagre das rosas da Santa Isabel de Aragão e o milagre da recuperação económica do Sporting. Ou seja, algo perfeitamente plausível de acontecer. Aliás, as entidades divinas patrocinarem o nosso sucesso no Mundial seria algo estranho de acontecer (se gostassem assim tanto do futebol português  ou quisessem o no nosso êxito não nos teriam dado para pontas de lanças coisas como o Hugo Almeida, Postiga ou Ederzito).

Olhando para a classificação, e temos de ser o mais pragmático possível, o Gana tem muito mais probabilidades de se apurar do que nós (é mesmo que termos um acidente em que o português fica todo estropiado e o ganês parte o pulso - e acharmos que o português é quem tem mais possibilidades de se safar).

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