2 de janeiro de 2014

O Presepio

Agora que já passou o Natal, posso reflectir um pouco mais sobre uma das maiores manifestações do Natal: o Presépio.

Em primeiro lugar será indecente e cruel para as crianças montarem todo um espectáculo de bonecada a que elas depois não poderão ter acesso, porque parece que não se pode brincar com o menino Jesus e os Bayblades (oh lá como se chamam!) ao mesmo tempo (embora a Playmobil já tenha um Presépio de brincar).

Em segundo lugar, toda aquela montagem cênica parece quase uma coisa de voodoo: mete-se esta personagem aqui, a outra ali, tudo numa suposta harmonia.

Este ano dediquei-me mais a análise dos presépios que por aí grassam (sim, demasiado tempo livre!). E realmente compreendi também a polêmica de se colocarem ou não as figuras dos animais. E comecei a fazer uma associação do papel de cada animal na recriação do nascimento do Senhor (Jesus será a única criança que já nasce senhor).

Por um lado temos uma Maria que supostamente concebeu sem pecado. Supostamente, já que efectivamente nunca tal foi provado nem nunca terá voltado a acontecer. Na minha terra a essas mulheres e-lhes dado um nome. Dai que a figura animal atrás da Maria seja apropriadamente a vaca.

Por outro lado temos um José que acha perfeitamente normal que a sua mulher lhe diga que concebeu sem pecado por obra e graça do Espírito Santo. A figura atrás de José costuma ser o burro.

Agora sim já compreendo o presépio!!