24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

 

Fraudes jornalísticas

A confirmar-se o caso do suposto funcionário das Nações Unidas que afinal parece não ser nada do que diz, isto é revelador do tipo de jornalismo que se faz em Portugal.
 
E não estamos a falar de pasquins mas sim da SIC, Expresso, Público e TSF que foram alegadamente aldrabados por este senhor.
 
Mas revela também que actualmente o tipo de jornalismo que se faz em Portugal não tem qualquer credibilidade já que nem sequer se investigam as fontes assumindo-se tudo o que algumas pessoas digam desde que isso possa provocar alguma polémica.
 
O trabalho de casa dos jornalistas - investigar se os dados correspondem à verdade - já nem sequer é feito por órgãos de comunicação social que ainda tinham algum idoneidade na nossa praça.
 
Parece que o senhor no passado tinha estado preso por fraude e até tinha feito parte da lista do Sr. Jorge Gonçalves na presidência do Sporting, salvo erro no Conselho Fiscal (ou seja, um mini-Vale e Azevedo).

22 de dezembro de 2012

Continuo a preferir de longe as tuas crónicas no Record...

 

As pensões de Coelho

Eu não suporto este Governo e quando o primeiro-ministro abre a boca normalmente a minha reacção é de riso irónico misturado com um qualquer palavrão que a escola da vida e a literatura moderna me têm ensinado.
 
Esta semana, quando Passos Coelho afirmou que existem pensionistas a ganhar mais do descontaram a 1ª reacção também foi essa. Mas, e colocando de lado que o objectivo é também criar uma divisão entre trabalhadores/pensionistas públicos e privados, em parte o primeiro-ministro terá razão.
 
A lei referente às pensões de reforma, até há pouco tempo, fazia o cálculo baseando-se nos 10 melhores anos dos últimos 15 de descontos para Estado.

Ora, é lógico que o sector público sempre saiu mais beneficiado com isto do que os privados, já o emprego no sector público é feito de carreiras (por analogia, é andar numa escada rolante, vai-se ali parado sempre a subir, ou quanto muito às vezes para-se). Isto é, na grande maioria dos casos, os funcionários públicos passam à reforma praticamente no topo das suas carreiras. Os 10 melhores anos dos últimos 15 eram esses.
 
Para além disso, não há despedimentos na função pública. Ao contrário dos privados, onde se podia estar a ter uma carreira ascendente espectacular e de repente ia tudo por água abaixo, começando tudo do zero (uma pessoa até podia ganhar 3000 euros até aos 50 anos e partir dessa altura ser despedido, voltar à estaca zero, e nos 15 anos seguintes passar a receber só 500 euros - quando passasse à reforma o cálculo seria feito com base nesses 500 euros).
 
E mais, nos privados existe um encargo da entidade empregadora (normalmente 23,75% a acrescer aos 11% desconto dos trabalhadores), o qual há bem pouco tempo não existia nos institutos ou empresas ou organismos públicos.

E já nem falo naquelas pessoas que nunca descontaram nada na vida (muitas vezes por opção) e que hojem têm pensões (ainda que miseráveis).
 
 

O "meu" centro comercial também tem um Pai Natal

Todos os centros comerciais têm agora um Pai Natal, ao colo do qual as crianças podem tirar fotos.
 
Eu não quero levantar suspeitas infundadas mas ter crianças ao colo durante o dia inteiro parece-me um trabalho deveras aliciante para todos os pedófilos que grassam por aí (e parecem ser, segundo se vê no Correio da Manhã, em número suficiente para ter uma página de grupo no Facebook).
 
 

20 de dezembro de 2012

A tua cruz espera por ti...

A capa da última edição do jornal Sporting é uma espécie de Última Ceia.
 
E em que Godinho Lopes aparece no centro como uma espécie de Jesus Cristo. Premonitório...
 
Uma vez que sou ateu agnóstico é-me indiferente, não me choca nada, que imitem uma imagem religiosa. A minha questão é somente esta, uma vez que sou pouco dado a temas religiosos: a Última Ceia não está relacionada com a Páscoa??!!

Godinho sempre em grande !!!

17 de dezembro de 2012

O (des)Governo

Este Governo está completamente a marimbar-se para a taxa de desemprego em Portugal.
 
Para eles tanto faz que a taxa de desenmprego seja de 15, 20 ou 25 por cento. Que sejam 800 mil ou 1.5 milhões.

As contas que lhes interessam são outras: é saber quantos desses é que ainda recebem subsídio de desemprego e por quanto tempo. Porque isso é que lhes representa um custo.

Este Governo vai destruir o país todo e quando essa destruição acabar, simplesmente vão perder eleições e quem vier que se amanhe porque eles vão para os seus lugares nas empresas privadas com todas as regalias e mordomias.
 
E assiste-se impávida e serenamente a tudo isto sem esboçarmos o mínimo de reacção. Hoje em dia Portugal é um país anestesiado pela austeridade, mas sobretudo pelo medo. O medo de perder a reforma, o medo de perder o trabalho, o medo de perder a dignidade. E quando se chega a este terrorismo psicológico é porque chegámos ao fundo.

O Fantasma de Belém

Não se trata de um conto de Natal, mas sim do fantasma que parece habitar o Palácio de Belém.
 
A confirmar-se a promulgação do Orçamento de Estado e apenas o posterior envio para fiscalização da constitucionalidade de algum conteúdo do mesmo chegámos a um estado em que até o Presidente da República se está já a borrifar para o que quer que seja.
 
Entramos no espírito do "Promulga-se e depois logo se vê o que dá". Que foi exactamente o que foi feito no ano passado com os resultados que conhecemos (inconstitucionalidades permitidas pelo Tribunal Constitucional pelo carácter excepcional da conjuntura).
 
Vivemos num atropela completo da lei fundamental do país, promovida por aquele que deveria ser o maior garante da aplicação em conformidade da mesma.
 
Neste momento já não somos a Grécia... também já não somos Portugal... somos uma espécie de Serra Leoa...

EUA

Cada vez que há um massacre nos EUA, logo vêm os governantes e as pessoas em geral perguntarem-se como é que é possível estas coisas continuarem a acontecer sucessivamente.
 
E a resposta é sempre a mesma: num país onde adquirir bebidas alcoólicas é mais difícil do que comprar armas de guerra estas coisas continuarão a acontecer periodicamente.
 
E de todas as vezes que ouvem esta resposta, os norte-americanos fingem não estar a ouvir. E há-de ser sempre assim enquanto o lobby das armas tiver um poder impressionante e os norte-americanos continuarem agarrados a certas normas da Constituição que hoje em dia não fazem qualquer sentido.
 
Em vez de resolverem o problema pela raiz (limite à compra e uso de armas), os americanos vão continuar a resolver as situações pela forma mais complicada, tornando as escolas autênticos fortes ou prisões de alta segurança.

E quando um país chega a este ponto, diz-me muito do que é a liberdade numa sociedade.

PS: um pequeno apontamento em relação ao tratamento que as televisões, em especial as portuguesas que são às quais acabamos por ter mais acesso, têm dado a este tema. Aqui se vê claramente que uma vida de uma criança norte-americana vale muito mais que uma criança asiática, africana ou sul-americana.

3 de dezembro de 2012

Popota

Eu vejo esta imagens da Popota (ou Hipopota para alguns) e confesso que o meu primeiro pensamento é que vou ser assaltado com alguma violência.
 
A animal assumiu este ano uma "slut fashion image" que tem tudo a ver com a criançada !! Então não tem !!!