15 de novembro de 2014

Visa Gold

Quando os Visa Gold foram criados muitas suspeições se levantaram sobre quem iria usufruir dos mesmos. Duas das condições possíveis para a obtenção do mesmo seriam a transferência de 1 milhão de euros ou o investimento imobiliário de 500 mil euros, o que apontava logo para a possibilidade de lavagem de dinheiro (a outra condição - criar 10 postos de trabalho - deve ser tão residual que nem costuma ser mencionada, embora seja aquela que efectivamente poderia trazer algo de diferente para o país).

Ou seja, a preocupação seria que de repente estaríamos a vender a nossa nacionalidade a criminosos quase sem fazer perguntas (é obrigatória a entrega do registo criminal do país de origem ou do país onde se esteja a viver há um ano, o que para um criminoso que está disposto a lavar 500 mil ou 1 milhão de euros não deve ser muito difícil obter um registo limpo).

Agora o que não estaríamos à espera é que a criminalidade estivesse dos dois lados da equação, que quem emite os vistos também entrasse neste esquema vergonhoso de venda do ser português. Um alto dirigente policial?!? Uma vergonha!

Gostava de ouvir o Macedo, o Portas, o Passos, o Pires de Lima e todos os promotores desta corrupção (em vez de estarem a discutir o euro que os turistas vão pagar em Lisboa, como se fosse uma novidade no mundo).

31 de outubro de 2014

Biclas

Em primeiro lugar devo dizer que não tenha nada contra bicicletas. Nas minhas férias de Verão em criança eram presença diária na minha vida.


O que eu não gosto é de fundamentalismos, sejam de que tipo forem, como se os problemas do mundo fossem resolvidos por pessoas andarem em cima de duas rodas.


Vem isto a propósito da aberrante lei que concede poderes especiais a quem hoje em dia se monta numa bicicleta.


Neste momento temos carros a andar na estrada, pessoas a andar nos passeios e bicicletas que podem andar em qualquer lado, passando de estradas para passeios e vice-versa como se o mundo fosse apenas deles. Os ciclistas são, hoje em dia, uma espécie de taxistas verdes, ou seja, em nome supostamente do ambiente consideram-se donos de estrada.


Basta ir a uma estrada nacional concorrida como a Marginal que liga Lisboa a Cascais para percebermos o perigo que representam, não apenas pela velocidade e obstáculo que apresentam,tanto mais que hoje em dia já não precisam de andar em fila indiana podendo andar em paralelo e obrigando os automóveis a guardarem penso que pelo menos 1.5 metros nas ultrapassagens (e isso, na maior parte das estradas nacionais com duas vias como a Marginal obrigaria, para cumprir o estabelecido ou a não se fazerem nunca ultrapassagens na faixa da esquerda ou a ultrapassar-se pisando o traço contínuo que divide as faixas).


Já para não falar no facto de muitas das vezes estamos na presença de pessoas que efectivamente pouco sabem andar de bicicleta.


Temos assim esta situação curiosa mas aberrante em que ciclistas podem andar livremente em espaços públicos sem qualquer registo, sem qualquer imposto de circulação e sem qualquer obrigatoriedade de seguro, convivendo alegremente com os outros meios de transporte. Isto supostamente em nome do ambiente (como se as cidades nacionais com subúrbios a 20 kms do centro pudessem usufruir efectivamente deste tipo de meio de transporte).

18 de setembro de 2014

Salto à Vara !

Tinha isto guardado há tanto tempo e a decisão do tribunal tinha que sair logo quando estava de férias!!!

17 de agosto de 2014

Bullying


Ponto prévio mas muito importante: abomino qualquer prática de bullying seja em ambiente escolar, laboral ou da vida privada de cada um.

No entanto hoje em dia, especialmente ao nível do ambiente escolar, está a criar-se uma espécie de bolha cada vez apertada à volta dos alunos em que tudo o que possa extravasar essa bolha é considerado bullying.

Aliás, só a popularização do termo numa língua estrangeira veio, de certas forma, atribuir uma importância ainda maior ao tema, criando não poucas vezes a percepção de situações que efectivamente não são bullying, mas apenas estupidez (embora o bullying obviamente também contenha uma grande dose de estupidez). Com a explosão das redes sociais (as redes sociais funcionam para a vida pública como 'os mercados' no mundo financeiro, entidades abstractas mas com um poder enorme), mais os telemóveis com câmara e internet, mais o fenómeno se intensifica em exposição pública.

Eu ainda sou do tempo (e agora vou vestir a pele de velho do restelo que diz que no passado é que era bom) em que à saída da escola (quando não era lá dentro) lá estavam uns tipos mais velhos à espera para nos pedir uns trocos, arriscando-nos a levar umas bofetadas caso tivéssemos uma resposta negativa. O nosso temor no caminho escola-casa que nos pudéssemos cruzar com esses tipos (hoje em dia os putos já nem para a escola vão a pé).

No Carnaval, ao chegar à escola, o caminho portão-edifício apresentava-se completamente vazio quando em dias normais estaria cheio de gente. Mais parecia Sarajevo, com os seus snipers de balões de água (seria água?), ovos e farinha, espuma de barbear e sabe-se lá mais o quê! (a comparação com Sarajevo, não me vão para aqui escrever coisas sem sentido, é meramente alegórica e desproporcional como é lógico, um bem-haja a todos os bósnios). Curioso é que faltava sempre a água em Oeiras nessa altura do ano e acabava por nunca haver aulas à tarde.

A minha geração apanhou o flagelo das drogas e dos metálicos (que na altura era quase o mesmo). Havia esperas à porta da escola para pretos baterem em brancos, ciganos baterem em pretos, brancos baterem em brancos, mas coisas à séria. Tive um professor de Estudos Sociais (??) no 5º ou 6º ano que nos sentava no caixote do lixo virado para a parede e ameaçava que nos (sic) "dava um nó na pila".

Nunca ninguém me falou em bullying. Se por coisas destas um tipo pensasse em suicidar-se haveria escolas com funerais todos os meses. Chama-se a isto a lei da sobrevivência em ambiente selvagem. Hoje em dia os putos vivem em cativeiros. E nós sabemos o risco que é colocar um animal nascido e criado em cativeiro naquele que deveria ser o seu habitat natural (já vi no NG Wild e normalmente acaba com os abutres a depenicarem-no).

A minha geração sobreviveu a tudo isso e não consta que tenha ficado com muitos danos (quer dizer, a nova geração de políticos pertence praticamente a mesma geração que eu é efectivamente não augura nada de bom).

Hoje em dia se os professores mandam trabalhos de casa nos fins de semana ou férias, isso é bullying.
Hoje em dia se os alunos têm testes em dias consecutivos, isso é bullying.
Hoje em dia se na cafelaria não há croissants com creme isso é bullying.

27 de junho de 2014

Mundial 2014 - Balanço

Isto de fazer balanços do Mundial quando o mesmo ainda vai a meio tem muito que se lhe diga. Mas aqui vai:

Guarda-redes
Rui Patrício - parece que já vinha lesionado. No jogo com a Alemanha fez passes de morte que os avançados alemães nunca souberam aproveitar. Veio de barriga cheia desse jogo.
Beto - sofreu um golo em que ficou a olhar para olhar para bola, outro com a barriga e ainda ia partindo a bacia. Era a arma secreta para as decisões por penalties fora do lugar. Saiu a chorar não se sabe ainda muito bem porquê.
Eduardo - o único guarda redes que não sofreu golos no Brasil (mas continua com aquela maneira estranha de correr com os joelhos para dentro)

Defesas 
Fábio Coentrão - o melhor defesa português do Mundial, lesionando-se estupidamente numa jogada tonta. Nas entrevistas pós-lesão e regresso, pareceu-me sempre que estava aliviado por ter vindo embora
Pepe - na sua terra natal, prescindiu do futebol para apostar na modalidade do vale tudo
Bruno Alves - igual a si mesmo, sempre nervoso, deixando-nos sempre na expectativa de saber se iria matar alguém (até nas flash interview é agressivo a falar!!).
João Pereira - a prova de que o nanismo não pode tirar os sonhos às pessoas. Representou Chelas com grande dignidade, apostando como sempre no vocabulário bairrista.
Ricardo Costa - Nunca joga mal... mas também nunca joga bem. 
André Almeida - Passou de 'jogador que veio passar férias ao Brasil' para 'possível títular em 3 posições diferentes' (defesa direito, defesa esquerdo ou médio). Com tanta coisa acabou por se lesionar
Neto - quem? é um russo, não é?

Médios
João Moutinho - outro representante do nanismo, houve jogos em que nem me apercebi que ele estava em campo. Óptimo para calço de mesas!
Miguel Veloso - fez duas assistências para golo. Dois péssimos centros em que os defesas contrários se desorientaram tanto com a falta de qualidade do passe que acabaram por dar golo. Acabou a defesa esquerdo demonstrando que a velocidade afinal não é uma coisa de somenos no futebol (tem aquele jeito característico em que parece que está sempre em grande esforço em tudo o que faz);
Raul Meireles - ai a barba tão gira!! ai as tatuagens tão peculiares!! ai que ele é o DJ da selecção !! ai que ele é o mais engraçado !! Futebol apresentado: Zero!
William Carvalho - opção de último recurso do treinador quando já nada funcionva. É enorme!! Mas também lentíssimo!
Rúben Amorim - parecia esgotado fisicamente ainda o hino estava a tocar...

Avançados
Cristiano Ronaldo - o principal culpado da debacle (tivesse estado quieto nos jogos com a Suécia e nada disto tinha acontecido, para além do seleccionador já ser outro por esta altura!!!). 1 golo e 3 penteados.
Éder (Sp. Braga) - quando alguém se chama Ederzito está tudo dito. É o futuro da selecção (!?!?!?!)
Hélder Postiga - 15 minutos em campo (talvez dos melhores de sempre na selecção)
Hugo Almeida - há quem aplauda quando ele se lesiona e tem de sair. Eu choro de alegria! Um dos 50 melhores jogadores de bigode deste Mundial
Nani - muito provavelmente o melhor jogador desta campanha (infelizmente quem ser Ronaldo quando deveria tentar ser Nani)
Rafa - quem?
Varela - quando Varela é uma espécie de arma secreta do seleccionador, muito está dito sobre esta equipa.
Vieirinha - o nosso número 10 (?!?!?!?!)

Equipa Técnica

Paulo Bento - teimoso e conservador como sempre, só mudou a equipa para substituir os lesionados. Até 2016 vão ser 2 anos muito penosos.

Médico - quando um médico aparece nas conferências de imprensa a explicar lesões está tudo dito (10 em 23 jogadores não foi?)

23 de junho de 2014

Crónicas do Mundial - E.U.A.

No jogo com os E.U.A. a equipa portuguesa, relativamente ao jogo anterior, veio confirmar duas coisas:

i) não jogamos absolutamente nada;
ii) fisicamente estamos num estado deplorável;

Se no 1º caso já era uma prática comum no tempo de Paulo Bento, sendo disfarçado pelas exibições de Ronaldo, no 2º caso já é um caso mais estranho. Não me parece muito normal que haja tantas lesões musculares como os jogadores apresentam, tanto mais fazendo a comparação com as outras selecções.

A escolha do local de estágio parece assim ter sido feita não por Paulo Bento, o seleccionador de uma equipa de profissionais de futebol que vão representar um país, mas sim por Paulo Bento, um veraneante que está a escolher um destino de férias (pior só quando fomos para Macau estagiar no Mundial da Coreia com os resultados que se viram na altura)

Neste momento, como em tantas outras no passado, estamos reféns da matemática. E nós sabemos como os futebolistas são sempre tão bons a matemática.

Para passarmos necessitamos daquilo que já foi classificado como 'um milagre'. Eu diria que iremos necessitar pelo menos de 3 milagres:

i) a Alemanha ganhar por 1 ou 2 golos aos Estados Unidos (o mais verosímil de acontecer);
ii) Portugal ganhar ao Gana (será que conseguiríamos ganhar a alguma selecção deste Mundial??);
iii) Portugal ganhar ao Gana por 3 ou mais golos de diferença ao Gana (sem comentários);

Ou seja, é uma espécie de milagre de Fátima em conjunto com o milagre das rosas da Santa Isabel de Aragão e o milagre da recuperação económica do Sporting. Ou seja, algo perfeitamente plausível de acontecer. Aliás, as entidades divinas patrocinarem o nosso sucesso no Mundial seria algo estranho de acontecer (se gostassem assim tanto do futebol português  ou quisessem o no nosso êxito não nos teriam dado para pontas de lanças coisas como o Hugo Almeida, Postiga ou Ederzito).

Olhando para a classificação, e temos de ser o mais pragmático possível, o Gana tem muito mais probabilidades de se apurar do que nós (é mesmo que termos um acidente em que o português fica todo estropiado e o ganês parte o pulso - e acharmos que o português é quem tem mais possibilidades de se safar).

Copa do Mundo - Balneário

Imagino a conversa de ontem no balneário da selecção logo após o jogo com os norte-americanos:

Paulo Bento: Porra Varela!!! O que é que foste fazer??!!!

Varela: Foi sem querer mister.

Paulo Bento: Agora foste manter a esperança nos portugueses!! Para que é que foi aquilo?!!

Varela: Desculpe mister. O mister sabe que eu quase nunca marco assim. Mas não estou habituado a centros tão bons como aquele do Ronaldo. No Porto é sempre o Licá ou o Josué e nunca me vão à cabeça. Ou quando vão a bola vem tão enrolada que quando me bate na cabeça sai pela linha lateral.

Ronaldo: Podias ter fingido que não a apanhavas!!

Varela: Foi o que eu tentei fazer! Até fechei os olhos, mas a bola parecia que vinha teleguiada. E com a humidade na cabeça ganhou aquele efeito estranho e foi para a baliza. Foi um azar mister!

Paulo Bento: Assim não te posso colocar a titular contra o Gana. Ias jogar tu e o Nani nas alas e o Ronaldo a ponta de lança (porque o Éderzito deve lesionar-se aos 15 minutos como todos os pontas de lança desta equipa). Mas assim não posso arriscar, ainda me metem 3 golos!! Prefiro jogar com o Vierinha a ponta de lança.

Varela: Não faça isso mister!!! Eu prometo fazer aqueles remates com o corpo todo para trás com a bola a ir para as bancadas como habituei os adeptos do Porto.

Paulo Bento: Não, não!! Não posso arriscar. Ainda nos qualificamos para jogar com a Bélgica nos oitavos, não posso arriscar isso. Já tenho férias marcadas para a próxima semana, se adio mais uma vez a minha mulher mata-me. Vá, agora ajudem-me aqui a arrumar os 200 kg de bacalhau para levarmos de volta.

Ronaldo: Mister, deixe-nos primeiro arrumar os 150 kg de gel para o cabelo que temos aqui.

19 de junho de 2014

Crónicas do Mundial - Alemanha

A estreia de Portugal não augurava muito de bom, tal o nosso passado em confrontos com os germânicos.

Mas mais do que a derrota (previsível olhando para a história) ou a goleada, muito mais humilhante do que isso foi a incapacidade de reacção demonstrada pelos nossos jogadores (exceptuando talvez Pepe que mostrou ser um indíviduo de reacção rápida ou, no mínimo, estúpida).

A sensação que fica é que nos andaram a enganar nas duas ou três semanas anteriores, que nos iludiram e até convenceram que a nossa equipa, não sendo favorita, poderia até protagonizar uma surpresa (a verdade é que olhando para o calendário e emparelhamento dos grupos, em condições normais deveríamos chegar aos quartos de final).

Infelizmente em pouco mais de meia hora essa sensação ilusória das últimas 3 semanas desvaneceu-se por completo pelo marasmo e apatia apresentados em campo. Supostamente nós reagiríamos melhor ao calor, o que não se confirmou, até pelo contrário os nossos jogadores mais pareciam jovens islandeses a entrar pela primeira vez em África.

Temos o mais freak meio campo de todas as selecções obviamente, mas isso não chega para ganhar jogos quando não há pernas.

Vamos ver o que nos espera no domingo... mas temo que os Estados Unidos possam ser o nosso Chile...

4 de junho de 2014

Mundial - Plano B

Na eventualidade (e vamos torcer todos para que não aconteça) de Cristiano Ronaldo não poder participar no Mundial, toda a estrutura federativa e equipa técnica têm já em preparação o Plano B que nos vai levar ao caneco.

O plano é este:



3 de junho de 2014

Rock in Rio Experience

Declaração inicial de interesses: não sou melómano (mas também não sou nem pirómano nem heroinomano), dai que o meu afecto pelo mundo dos concertos seja algo reduzido (considero sempre que o vinil e o compacto produzem quase sempre melhores registos do que as experiências ao vivo).

Isto não significa que não considere que não existam artistas que produziam excelentes espectáculos ao vivo. Aliás foi um pouco por isso que fui ao Rock in Rio este, essencialmente por 2 artistas em particular:

- Robbie Williams, um 'guilty pleasure' assumido;
- Rolling Stones, por aquela característica muito latina de gostarem do exótico e de acidentes (o mito do "pode ser o último concerto" também muito presente)

Artistas que efectivamente dão grandes espetáculos ao vivo, ambos obviamente sob o efeito das drogas (septuagenários que chegam a esta idade com aquele ritmo devem deixar-nos a pensar se não existirão drogas boas... E que os nossos país são uns paralíticos!!)

À margem dos concertos (de rock???), existe o efeito das massas. 90 mil pessoas juntas sob o mesmo propósito podem realmente provocar um grande impacto... mas só para quem nunca foi a um estádio de futebol! Os níveis de adrenalina e de entrega não têm comparação, a irracionalidade do futebol deveria ser um case study.

Outra particularidade do Rock in Rio, e extensível provavelmente ao restantes festivais, é esta necessidade de manter as pessoas entretidas fora da zona dos palcos. E todos aqueles pavilhões fazem lembrar-me a FIL onde pessoas vão a todos os pavilhões buscar panfletos, autocolantes, etc (enfim lixo!!) como se não houvesse amanhã (só que aqui são perucas, lenços, chapéus dignos de vendedores paquistaneses).



2 de junho de 2014

Copa do Mundo

E aí está a Copa do mundo !! (na praia teremos outras copas...).

Olhando para a equipa de Portugal, temos todas as possibilidades de trazer o troféu para Portugal... mas para aí o de Miss Simpatia...

Embora eu tenha muitas esperanças (não, não é no Ronaldo!) no meio campo da equipa portuguesa que pode meter imenso medo às equipas adversárias ou fazê-las tanto rir que até se desconcentram!

Senão vejamos:

Miguel "Croissant" Veloso, a Pastelaria Garret em movimento e em forma de jogador;

Raul Meireles, um misto de António Variações, ZZ Top e sem abrigo;

Moutinho (a prova de que os anões também podem jogar futebol ao mais alto nível... juntamente com Vieirinha... curioso como temos Nani e 2 jogadores que sofrem de nanismo);

Os adversários até se assustam com este freak show! Melhor só se a Conchita Wurst também jogasse naquele meio campo!

FORÇA PORTUGAL !!!

25 de maio de 2014

Rock in Rio

E hoje é a minha estreia no Rock in Rio (Robbie Williams as a guilty pleasure).

Segundo me dizem é um espaço onde se juntam em grande animação cerca de 60 mil pessoas de cada vez, ao ar livre na relva, com música aos altos berros, muita animação, barracas de comes e bebes e bastantes artistas.

Com esta definição parece-me um SL Benfica - Sporting da 7ª jornada da Liga.

Mais um serviço publico da TVI

Eu sei que a TVI tinha os direitos de transmissão da Liga dos Campeões e que a final era em Lisboa, mas os directos da TVI 24 fazem lembrar a produção de chouriços da Sicasal. Para além de uma espécie de acordo entre televisões para entrevistar adeptos espanhóis em português, o nível das perguntas a partir de um certo momento é absolutamente anedótico.

Eis um exemplo possível (entre o real e o imaginário):

Repórter: Veio de onde?
Espanhol: de Madrid!
Repórter: quanto tempo demorou?
Espanhol: bueno, unas 8 horas?
Repórter: veio de carro?
Espanhol: no compreendo.
Repórter: veio de carro? Coche?
Espanhol: sí, sí.
Repórter: qual o consumo médio do carro?
Espanhol: bueno, unos 8 por cien.
Repórter: qual é que vai ser o resultado?
Espanhol: no compreendo.
Repórter: quem ganha?
Espanhol: Madrid, claro! 3-0!
Repórter: quem marca?
Espanhol: Ronaldo, Di Maria e Morata!
Repórter: o que é um triângulo isósceles?
Espanhol: no compreendo.
Repórter: da-me um número de 1 a 10.
Espanhol: 7
Repórter. Não, estava a pensar em 4. Qual o seu signo?
Espanhol: no compreendo.
Repórter: pronto e daqui é tudo, voltamos para os estúdios em Queluz.

27 de abril de 2014

Com os azeites...

O monstro (como lhe apelida o Correio da Manhã) de Valongo dos Azeites (toda esta história mais parece um sketch dos Gato Fedorento, a começar pelo nome da terra!) continua a monte (literalmente).

Obviamente não deixa de ser um assassino, mas todas estas peripécias com as autoridades não deixam de criar um leve sorriso na boca ao ouvirmos os desenvolvimentos diários de toda esta historia. Ele são os encontros com o agricultor amigo, o encontro com o padeiro para comprar pão e bolos (e pagos!), por vezes mais parecendo títulos de livros da Anita.

Desta forma, para os próximos dias, espero as seguintes novidades:

"Monstro vai aos Correios"
"Monstro vai pagar a Tv Cabo"
"Monstro vai ao campo cultivar feijão"
"Monstro vai ao Café Central beber minis com a GNR"
"Monstro entrega-se no posto da GNR mas não estava lá ninguém"
"Monstro vai ao Multibanco levantar dinheiro"
"Monstro vai a Turim ver o Glorioso"

26 de abril de 2014

Abril Sempre!

40 anos da Revolução de Abril, um número redondo como as pessoas gostam, como os media adoram para suplementos e cadernos especiais sobre o mesmo de sempre.

Perceber Abril é muito mais do que saber quem foi Salgueiro Maia, os que eram os capitães de Abril, tudo o que se passou naquele dia. Perceber Abril é explicarem-nos o que foram os 48 anteriores desde o 26 de Maio de 1926.

A ditadura daqueles 48 anos, um regime nacional-fascista, é muitas vezes considerada uma ditadura soft, na medida em assenta na figura de um homem que pareceu sempre um velho pateta com uma voz de falsete (ao contrário de "ditadores maiores" como Franco ou Mussolini).

E esse é um dos grandes problemas das nações, esquecerem o seu passado. Quando vejo pessoas na rua a festejarem (e ainda bem!!) Abril mas a queixarem-se de que precisávamos de um novo 25Abril porque isto voltou ao passado é arrepiante, na medida em que demostra um problema de memória muito grande nas pessoas. Por muito mal que possamos estar (e claramente estamos a passar uma fase deveras complicada), nunca estaremos pior do que estavámos na altura do Estado Novo.

Aqueles que fizeram e viveram verdadeiramente Abril de 74 de uma forma activa terão hoje mais de 60 anos. Ou seja, dentro de duas décadas, haverá um mínimo de memórias vivas que possam partilhar aqueles momentos de voz viva. Por isso, as novas gerações têm o dever moral de manter o passado histórico vivo, não apenas para preservar a memória daqueles que tornaram a democracia possível em Portugal, mas igualmente para continuidade da mesma nas gerações vindouras.

25 Abril Sempre!

27 de março de 2014

Interpretações...


JN (26.03.2014) - detesto títulos de jornais que possam gerar duplas interpretações... e que uma delas seja simplemente tonta (quero lá saber do macacão ou das cuecas da senhora!!) e outra completamente racista (o Jay-Z também veio?)...

16 de fevereiro de 2014

São Valentim

O dia de São Valentim (vulgo dia dos Namorados) deve ser, a seguir ao Natal, o dia mais comercial do ano. E se o Natal ainda tem uma história mais ou menos poética, em especial para todos aqueles que são fãs de ficção científica, a história do São Valentim acaba com a decapitação deste, o que de romantico deixa bastante a desejar.
 
Em primeiro lugar temos os lugares comuns que preenchem os noticiários e rádios nacionais, com reportagens vox populi em que se fala do dia especial para todos os casais (se só este dia é que é especial durante o ano inteiro, então eu diria que estamos mal). Em todas as reportagens sente-se uma certa aura sexual, como se nos quisessem dizer era que aquele dia vai acabar em forrobodó entre os lençóis (com claro benefício para a indústria hoteleira e moteleira).
 
Depois temos a indústria da restauração que deve sentir este dia como uma lufada de ar fresco (tal como as floristas, perfumarias, chocolaterias, lingerias,...).
 
Temos dois tipos de restaurantes: aqueles que alinham quase geometricamente somente mesas de duas pessoas, como se quisesse juntar uma convenção de casais ao estilo nipónico (nesses dias é claramente desaconselhável ir jantar com um colega ou amigo, a não ser que queiramos passar por homosexuais - e atenção que não tenho problema nenhum com a comunidade gay, não tenho é qualquer interesse em ser confundido com um deles, como não tenho em ser confundido com um sportinguista, um democrata cristão ou um amante de puzzles).
 
Depois temos os restaurantes que só servem para grupos, ou seja, aqueles que servem para organizar ou permitir organizar jantares grupos de pessoas que não tem qualquer relacionamento naquele momento mas que, por qualquer razão misteriosa, sentem também a necessidade de (não) celebrar esse dia, muitas vezes até se auto-titulando encalhados (um termo que aliás abomino). É um fenómeno que, confesso, me custa a entender.

14 de fevereiro de 2014

A Retoma

Não, não é a retoma económica milagrosa deste Governo que baseia a descida do desemprego em saídas de jovens para o estrangeiro ou a desistência dos mais velhos em procurar emprego.

O que eu quero é mesmo a tentativa de retoma deste blog (o que é um blog? pergunta já habitual num mundo que vive nos Facebook's e afins - o imediatismo tem sempre muito mais impacto mas com o tempo acaba por sofrer uma erosão muito maior).

Pela enésima vez vou tentar ressuscitar este blog, ou seja, a minha esperança é que se assista a josécidadização deste blog (de morto para fantástico só porque sim).

Muitas pessoas dizem que eu escrevo bem (a essas normalmente recomendo que deixem as drogas, mesmo as leves como a Depuralina), outras até dizem que devia publicar um livro (a essas começo a correr para bem longe aos gritos como se viesse atrás de mim o Freddy Krueger ou o Cláudio Ramos). Às vezes pergunto-me como é que pessoas com este tipo de opiniões conseguem manter empregos e vidas sentimentais.

Gostava de poder manter este blog nem que fosse numa base semanal, tipo crónica do bom malandro, mas a verdade é que também gostava de ganhar o Euromilhões ou de ver o Glorioso campeão europeu (obviamente que a 1ª fica no fim desta lista, embora esteja indeciso na prioridade entre as outras duas).

E era isto!! (viram como com meia dúzia de frases sobre nada se consegue fazer um post bem jeitoso? nos canais noticiosos isto chamar-se-ia comentário político, na Sicasal de Vila Franca do Rosária a D.Albertina chama-lhe encher chouriços)

2 de janeiro de 2014

O Presepio

Agora que já passou o Natal, posso reflectir um pouco mais sobre uma das maiores manifestações do Natal: o Presépio.

Em primeiro lugar será indecente e cruel para as crianças montarem todo um espectáculo de bonecada a que elas depois não poderão ter acesso, porque parece que não se pode brincar com o menino Jesus e os Bayblades (oh lá como se chamam!) ao mesmo tempo (embora a Playmobil já tenha um Presépio de brincar).

Em segundo lugar, toda aquela montagem cênica parece quase uma coisa de voodoo: mete-se esta personagem aqui, a outra ali, tudo numa suposta harmonia.

Este ano dediquei-me mais a análise dos presépios que por aí grassam (sim, demasiado tempo livre!). E realmente compreendi também a polêmica de se colocarem ou não as figuras dos animais. E comecei a fazer uma associação do papel de cada animal na recriação do nascimento do Senhor (Jesus será a única criança que já nasce senhor).

Por um lado temos uma Maria que supostamente concebeu sem pecado. Supostamente, já que efectivamente nunca tal foi provado nem nunca terá voltado a acontecer. Na minha terra a essas mulheres e-lhes dado um nome. Dai que a figura animal atrás da Maria seja apropriadamente a vaca.

Por outro lado temos um José que acha perfeitamente normal que a sua mulher lhe diga que concebeu sem pecado por obra e graça do Espírito Santo. A figura atrás de José costuma ser o burro.

Agora sim já compreendo o presépio!!