16 de fevereiro de 2014

São Valentim

O dia de São Valentim (vulgo dia dos Namorados) deve ser, a seguir ao Natal, o dia mais comercial do ano. E se o Natal ainda tem uma história mais ou menos poética, em especial para todos aqueles que são fãs de ficção científica, a história do São Valentim acaba com a decapitação deste, o que de romantico deixa bastante a desejar.
 
Em primeiro lugar temos os lugares comuns que preenchem os noticiários e rádios nacionais, com reportagens vox populi em que se fala do dia especial para todos os casais (se só este dia é que é especial durante o ano inteiro, então eu diria que estamos mal). Em todas as reportagens sente-se uma certa aura sexual, como se nos quisessem dizer era que aquele dia vai acabar em forrobodó entre os lençóis (com claro benefício para a indústria hoteleira e moteleira).
 
Depois temos a indústria da restauração que deve sentir este dia como uma lufada de ar fresco (tal como as floristas, perfumarias, chocolaterias, lingerias,...).
 
Temos dois tipos de restaurantes: aqueles que alinham quase geometricamente somente mesas de duas pessoas, como se quisesse juntar uma convenção de casais ao estilo nipónico (nesses dias é claramente desaconselhável ir jantar com um colega ou amigo, a não ser que queiramos passar por homosexuais - e atenção que não tenho problema nenhum com a comunidade gay, não tenho é qualquer interesse em ser confundido com um deles, como não tenho em ser confundido com um sportinguista, um democrata cristão ou um amante de puzzles).
 
Depois temos os restaurantes que só servem para grupos, ou seja, aqueles que servem para organizar ou permitir organizar jantares grupos de pessoas que não tem qualquer relacionamento naquele momento mas que, por qualquer razão misteriosa, sentem também a necessidade de (não) celebrar esse dia, muitas vezes até se auto-titulando encalhados (um termo que aliás abomino). É um fenómeno que, confesso, me custa a entender.

14 de fevereiro de 2014

A Retoma

Não, não é a retoma económica milagrosa deste Governo que baseia a descida do desemprego em saídas de jovens para o estrangeiro ou a desistência dos mais velhos em procurar emprego.

O que eu quero é mesmo a tentativa de retoma deste blog (o que é um blog? pergunta já habitual num mundo que vive nos Facebook's e afins - o imediatismo tem sempre muito mais impacto mas com o tempo acaba por sofrer uma erosão muito maior).

Pela enésima vez vou tentar ressuscitar este blog, ou seja, a minha esperança é que se assista a josécidadização deste blog (de morto para fantástico só porque sim).

Muitas pessoas dizem que eu escrevo bem (a essas normalmente recomendo que deixem as drogas, mesmo as leves como a Depuralina), outras até dizem que devia publicar um livro (a essas começo a correr para bem longe aos gritos como se viesse atrás de mim o Freddy Krueger ou o Cláudio Ramos). Às vezes pergunto-me como é que pessoas com este tipo de opiniões conseguem manter empregos e vidas sentimentais.

Gostava de poder manter este blog nem que fosse numa base semanal, tipo crónica do bom malandro, mas a verdade é que também gostava de ganhar o Euromilhões ou de ver o Glorioso campeão europeu (obviamente que a 1ª fica no fim desta lista, embora esteja indeciso na prioridade entre as outras duas).

E era isto!! (viram como com meia dúzia de frases sobre nada se consegue fazer um post bem jeitoso? nos canais noticiosos isto chamar-se-ia comentário político, na Sicasal de Vila Franca do Rosária a D.Albertina chama-lhe encher chouriços)