3 de junho de 2014

Rock in Rio Experience

Declaração inicial de interesses: não sou melómano (mas também não sou nem pirómano nem heroinomano), dai que o meu afecto pelo mundo dos concertos seja algo reduzido (considero sempre que o vinil e o compacto produzem quase sempre melhores registos do que as experiências ao vivo).

Isto não significa que não considere que não existam artistas que produziam excelentes espectáculos ao vivo. Aliás foi um pouco por isso que fui ao Rock in Rio este, essencialmente por 2 artistas em particular:

- Robbie Williams, um 'guilty pleasure' assumido;
- Rolling Stones, por aquela característica muito latina de gostarem do exótico e de acidentes (o mito do "pode ser o último concerto" também muito presente)

Artistas que efectivamente dão grandes espetáculos ao vivo, ambos obviamente sob o efeito das drogas (septuagenários que chegam a esta idade com aquele ritmo devem deixar-nos a pensar se não existirão drogas boas... E que os nossos país são uns paralíticos!!)

À margem dos concertos (de rock???), existe o efeito das massas. 90 mil pessoas juntas sob o mesmo propósito podem realmente provocar um grande impacto... mas só para quem nunca foi a um estádio de futebol! Os níveis de adrenalina e de entrega não têm comparação, a irracionalidade do futebol deveria ser um case study.

Outra particularidade do Rock in Rio, e extensível provavelmente ao restantes festivais, é esta necessidade de manter as pessoas entretidas fora da zona dos palcos. E todos aqueles pavilhões fazem lembrar-me a FIL onde pessoas vão a todos os pavilhões buscar panfletos, autocolantes, etc (enfim lixo!!) como se não houvesse amanhã (só que aqui são perucas, lenços, chapéus dignos de vendedores paquistaneses).



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