27 de janeiro de 2012

Feriados

E já é quase oficial... Este Governo vai mesmo avançar para o corte de alguns feriados. Parece que esses 4 feriados vão fazer uma diferença substancial na produção nacional já que se preveêm dias em que os Portugueses vão trabalhar com tal afinco que provavelmente vamos ultrapassar a Alemanha em todos os níveis económicos (o problema não são o número de horas que trabalhamos - dos maiores da Europa - mas o que fazemos efectivamente nessas horas).
 
Não se percebe ainda muito bem qual o critério que esteve na génese destes cortes (não o princípio mas o fundamento na escolha).
 
O corte do 5 de Outubro parece ser porque a implantação da República já foi há 100 anos e por isso não faria sentido continuar a festejar... é estranho porque temos um Presidente da... isso !! da República !!! E a partir de que altura o tempo passa a ser "há muito tempo" (50 anos? 20 anos? 2 dias?)
 
A festividade do 1 de Dezembro ainda é mais longínqua... na realidade não faz sentido festejar a independência quando já não somos independentes em quase nada... mas por esta lógica também não sobrariam muitos feriados... o 10 de Junho é o dia em que Camões morreu, acontecimento que não creio ter ocorrido na semana transacta (é claro que por este andar o Dia de Portugal vai acabar muito em breve, já que o País tal como o conhecíamos deverá estar próximo do fim).
 
O 25 Abril também não faz nenhum sentido, na medida em que todos os valores que Abril/74 trouxe estão a esfumar-se gradualmente... o 1 Maio deveria fazer jus ao nome (Dia do Trabalhador) e não ao que representa actualmente (Dia do Trabalhador Que Fica Em Casa A Dormir Ou A Passear na Avenida da Liberdade ou na Fonte Luminosa Em Vez de Estar a Trabalhar, Seu Mandrião).
 
O Ano Novo também deveria acabar... se todos trabalhassem no dia 1, ninguém se embebedava e morria na estrada por essas alturas.
 
O Carnaval, apesar de oficialmente não ser feriado, também deveria acabar... Justificação? Uma palavra: travestismo !
 
Os feriados religiosos também deveriam acabar todos, já que vivemos num Estado laico, segundo a Constituição. E para além do facto de já existirem por ano 52 Dias do Senhor (domingos) em que não se trabalha. É que se a laicidade do Estado não é respeitada podíamos todos converter-nos ao islamismo, garantindo assim sextas-feiras livres (ao judaísmo não vale a pena porque os sábados ainda são - até se lembrarem de nos obrigarem a trabalhar - consagrados ao descanso).
 
O Natal? Aquilo já foi há mais de 2000 anos, caramba !!! Para quê continuar a festejar-se? A Páscoa? idem idem aspas aspas (o que raio isto queira dizer!!!), com a agravante de morbidamente estarmos a festejar um falecimento... (ou como lhe chamam os cristãos, "um sacrifício por todos nós")
 
Mais sentido seria começarem por abolir todos os feriados municipais !!!  

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