18 de janeiro de 2015

Uma aventura na easyJet (continuação)

Se Salvador Dali fosse vivo seria certamente a cara da companhia aérea easyJet tal o surrealismo que acompanha os voos desta companhia.

Na minha viagem de regresso fomos brindados com mais umas inovações desta companhia low cost, nomeadamente:

i) o piloto faz a apresentação da equipa a bordo como se tivesse a apresentar as raparigas num clube de strip-tease, "hoje temos lady Kelly, lady Fabiana e miss Adriana" (não que eu saiba como são esses clubes, contaram-me). Só que na easyJet é mais do estilo "hoje temos à frente o João e a Ana e lá atrás a Mariana";

ii) a meio da viagem, com os auscultadores postos a ouvir música, oiço alguém a falar no intercomunicador. Pensei que fosse o piloto a dar as condições meteorológicas ou qualquer e coisa assim, mas eis que vejo todos os assistentes de bordo juntos numa das pontas do avião enquanto um deles nos tentava impingir produtos da revista como se fossemos um daqueles velhotes que, por 29,99 €, compram uma viagem de autocarro a Badajoz com almoço incluído mas que acabam por comprar um colchão de 2000 € ou um conjunto de panelas por 1500 €. Ouvi coisas como "este carregador é muito prático e é levezinho para levar no bolso", "este perfume cheira muito bem". Foi uma espécie de TV Shopping mas em muito mau (diga-mos que o Mike e Melga seriam bastante melhores)

iii) e quase no fim do voo, antes de começar a descida começou um peditório (ou, para os mais sensíveis às palavras, uma angariação de fundos) para a Unicef, em que uma das assistentes de bordo pega num daqueles sacos de plástico utilizados para as compras no Duty Free e começa a percorrer o avião com o saco aberto.

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