30 de setembro de 2013

Autárquicas - Oeiras

Sempre vivi em Oeiras, assim sendo é natural que seja um concelho que me diga algo.
 
Oeiras é considerado, segundo os dados estatísticos, um dos concelhos onde o poder de compra é maior e onde os níveis de alfabetização (e percentagem de licenciados) são dos maiores do nosso país.
 
Mas é também a prova de que esse suposto nível educacional superior (que porventura, por via de um maior contacto com o conhecimento, pudesse garantir maior clarividência política) afinal não significa nada.
 
Quando me perguntam se prefiro um autarca que rouba e deixa obra feita ou um que rouba mas não faz nada, a minha resposta é, invariavelmente, nenhum dos dois!! E esta é uma das fronteiras que separa a honestidade de tudo o resto. A partir do momento em que roubam, corrompem ou aldrabem deixa de fazer muito sentido tudo o resto.

Na vida existe sempre a opção de não querer escolher nenhuma das opções (preferes um assaltante que te assalte o carro partindo o vidro ou um que te abra a porta do carro sem deixar mossa? Pessoalmente não quero nenhum!! E acho muito estranho que existam pessoas que achem que escolher alguma das opções possa ter alguma lógica).
 
Agora, é lógico que olhando para os cartazes do movimento, eles eram bem claros:

- Continuar a Fazer (aqui realmente há uma honestidade suprema);
- Isaltino Oeiras Mais à Frente (porque Oeiras na realidade passou a ser governada mais à frente, a partir do concelho de Sintra, na Carregueira):
 
É lógico que isto também é culpa da oposição: é muito difícil confiar em salta-pocinhas (como diria Jerónimo de Sousa) que um dia estão em Santarém e no outro dia já são oeirenses desde pequeninos, como aconteceu com Moita Flores, ou em candidatos tipo fantasma como são sempre os que o PS apresente para o município.
 
Oeiras vai ficar a perder duplamente: por um lado porque vai continuar com uma gestão tipo Sopranos e, por outro lado com o tempo livre que Moita Flores vai ter, vamos levar com mais não sei quantos episódios de adaptações televisivas de obras do Camilo Castelo Branco com a participação da Filomena Gonçalves. E entre os dois, nem sei o que irá doer mais...

Sem comentários: