9 de setembro de 2013

Hotel Islamabad

Neste momento devo ser a única pessoa considerada caucasiana no hotel onde estou alojado (detesto o termo caucasiano para se aplicar a portugueses porque me faz sempre lembrar arménios e georgianos... mas latinos também não gosto porque nos confundem com mexicanos).

 

Adiante !!

De quando em vez o hotel fica controlado por paquistantes em, digo eu, trânsito entre as férias e os trabalhos nas plataformas petrolíferas.

 

A chegada de paquistaneses ao hotel determina logo duas coisas:

- barulho nos corredores;

- caos no restaurante;

Barulho nos corredores na medida em que os asiáticos (aqui também incluo os chineses que vão ao casino do hotel), tal como os angolanos, sofrem de um problema crónico de surdez que os faz falar aos gritos e com um timbre que fere o aparelho auditivo, pelo menos o meu. No caso dos angolanos, tal surdez deriva obviamente do kuduro ouvido em altos berros em todo o lado, no caso dos paquistaneses deve ter a ver com os atentados constantes existentes por aquelas paragens. Já em relação aos chineses, acredito que seja apenas para nos irritar (somos muitos e vamos derrubá-los pela irritação).

O caos no restaurante porque os paquistaneses têm uma tendência natural para acabar com a comida no buffet (vamos chamar buffet a uma opção de 2 pratos principais??!) dada a sua técnica de encher o prato, a qual se resume a ir preenchendo o prato com tudo o que encontram de um lado da mesa até ao outro (carne, peixe, legumes, batata frita, batata cozida, arroz, tomate, alface, cebola, ananas, papaia, carne, peixe, ...), entrando por vezes em looping e tentando fazer com que os seus pratos pareçam o K2 ou o Nanga Parbat.

Obviamente que a capacidade de reacção dos empregados do restaurante é pequena, resumindo-se a dois tipos: "há comida" / "já não há comida". Aquele pensamento do "isto daqui a bocado já não há, vou antecipar-me e começar a preparar mais para que não chegue a faltar" é um conceito digno do SyFi (claramente o canal de tv mais estranho da cabo).

(para aqueles que acham que este comentário é algo racista ou xenófobo é porque simplesmente não conhecem esta realidade - eu limito-me a relatar factos e a tentar ser engraçado)

O paquistanês tem uma vantagem para os empregados do hotel: normalmente para comer isto tudo basta-lhes uma colher e uma mão (que talher é este que aqui chamas mão? perguntam vocês - Para ficarem mais elucidados mão é aquilo que está na extremidade do vosso braço). Ontem vi um deles a comer o seu frango à mão, depois toca a ir ali buscar um bocado de arroz ao prato e agora vai esta fatia de ananás. Talheres gastos em todo este processo? Zero!

Quando vou a um restaurante chinês e peço talheres, as pessoas da mesa normalmente dizem "então estás num restaurante chinês e não comes com os pauzinhos?" - em primeiro lugar, a expressão "pauzinhos" é muito parva; em segundo lugar se os meus pais fizeram um esforço em me ensinar a arte da faca e do garfo foi por alguma razão (quando vão à casa de banho do restaurante chinês também se limpam como eles? e quando chegam a casa dizem ao Bobby para ir dormir no forno quentinho? Essa coisa do adaptarmo-nos às outras culturas é muito bonito mas é na terra deles).

 

(terra deles... mais uma expressão a roçar a xenofobia, dirão alguns - qualquer dia não podemos dizer nada)

 

Ah, é verdade !! Todos - TODOS !!! - os paquistaneses têm bigode !!! Eu quero acreditar que eles já nasçam com um garboso bigode !! E elas também acredito que tenham (é tirar-lhes as burkas e vão ver!)

(ai está mais xenofobia!! e discriminação de género !! deixem-me esclarecer um coisa: se eu escrevesse apenas só coisas certinhas e bem compostas, não tinha este blog! tinha era uma coluna no Expresso!!!)

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