24 de novembro de 2010

A Greve Geral

Respeito a existência do direito à greve, no entanto confesso que tenho muitas dúvidas que possa ter qualquer efeito real, para além da diminuição da riqueza do País e de todos os aborrecimentos que provoca em quem não quer fazer greve (acho ainda mais estranho que trabalhadores da maior empresa exportadora em Portugal adiram à greve duas semanas depois de saberem que terão aumentos para 2011 na ordem dos 3.9% - uns dirão que estão em greve pelas medidas do Governo, no entanto parece-me abusivo comparar a sua situação com, por exemplo, as diminuições salariais reais e nominais na função pública).
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Hoje, ao fim do dia, teremos o balanço geral desta greve. Do lado dos sindicatos, virá a notícia de que fizeram greve cerca de 150 milhões de portugueses (pelo menos!!), número provado não pela participação nas manifestações, mas pela adesão em massa a centros comerciais de portugueses de bigode (homens e mulheres). Do lado do Governo irão dizer que exerceram o direito à greve apenas 3 portugueses (o Cajó, o Quimbé e a Dona Ermelinda, embora esta última afinal tenha estado no seu dia de folga) e que não houve grandes problemas de logística (pela primeira vez em muitos anos, durante o dia não houve um único atraso no Metro ou nos barcos de Cacilhas).
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Amanhã já ninguém se lembrará da 1ª greve geral em 22 anos. Porque já ninguém acredita em greves...

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