10 de fevereiro de 2011

Wrestling


A fazer zapping, a actividade desportiva mais promovida pelas televisões, deparei-me com uma transmissão de wrestling. Já não via este tipo de espectáculos desde os velhos tempos em que o Tarzan Taborda comentava umas transmissões aos sábados ou domingos de manhã e nos tentava convencer que aquilo era tudo real.

Agora apanhei um especial do Royal Rumble, uma espécie de vale tudo em que concorrentes/actores vão entrando no ringue e ganha o último que conseguir não ser despejado para fora das cordas pelos outros.

Considerações muito rápidas sobre wrestling:

a) chamar desporto ou espectáculo a uma série de homens em cuecas todos a tocarem-se uns nos outros parece-me abusivo... poderiam simplesmente chamar-lhe "festas do Malato em Madrid";

b) existem momentos em que 2 ou mais concorrentes ficam a olhar uns para os outros completamente imóveis, mas com aqueles olhares lânguidos e penetrantes. Estamos a falar de dezenas de segundos consecutivos naquilo. Quem ligar a tv naquele momento vai supor que se trata de um inédito filme homossexual de Manoel de Oliveira;

c) ver indíviduos supostamente a dar pancada a valer e constatar que quem leva nunca apresenta uma nódoa negra ou ferida, faz-me pensar porque é que ainda ninguém se lembrou de recrutá-los para interrogadores da PJ;

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