8 de abril de 2012

Reformas? No!!

As únicas reformas que parecem poder existir em Portugal são as reformas estruturais (e mesmo essas estão para durar há décadas!).
 
Claro que estou a falar das reformas antecipadas dos trabalhadores privados em Portugal porque as outras, por agora, ainda parecem ser legais.
 
Parece-me um pouco injusto que um trabalhador que tenha começado a trabalhar aos 16 anos e hoje já tenha 40 anos de desconto não possa pedir a reforma, mesmo abdicando de parte dela em virtude da penalização definida na lei.
 
Parece que caminhamos para um Estado em que teremos de trabalhar até morrer. Compreendo que, com o aumento da esperança média de vida, haja necessidade de acautelar a sustentabilidade da Segurança Social, que está em risco também porque o valor de subsídios sociais tem vindo a crescer exponencialmente, em virtude sobretudo d crescente aumento dos níveis de desemprego históricos em Portugal.
 
A forma como a medida foi tomada, à socapa e de forma realmente matreira, é própria de um Estado que vive em permanente desconfiança relativamente aos seus cidadãos. E isso revela-se também nas alterações ao pagamento da baixas, com a diminuição das percentagens, como forma, diz o Governo, de diminuir as baixas ditas fraudulentas. À partida o Estado está a colocar todos os cidadãos como mentirosos e assim passíveis de desconfiança (quando são médicos a passar baixas ou entidades empregadoras que conluem com as fraudes permitindo trabalhadres de baixa irem trabalhar, pagando-lhes por fora ou manipulando o ficheiro para a Segurança Social).
 
Vivemos hoje num Estado que não nos respeita como cidadãos mas apenas como números que contribuem para uns números e estatísticas maiores que temos de apresentar a outros em quem nem sequer votámos..
 
 
 

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