25 de fevereiro de 2013

Eu agora é mais cavalo...

Quando surgiram as primeiras noticias de que algumas marcas adulteravam os seus produtos, incluindo produtos que não constavam nos ingredientes impressos nas embalagens, a primeira precupação das televisões e dos jornais foi investigar a existência de talhos de carne equina ou de saber se a mesma será prejudicial à saúde.
 
Ora, o que está aqui em causa, muito antes de isso, é a questão de andarmos a comprar gato por lebre. Esse sim é o cerne da questão. Porque a carne de cavalo até pode ser a melhor do mundo (não coloco isso em causa), até podiam ter lá metido caviar ou lagosta, mas o ponto principal é que algumas empresas vendem cavalo como sendo vaca. Estão a enganar-nos, estão a aldrabanar-nos. Não estamos a consumir aquilo que efectivamente compramos.

E numa União Europeia que é sempre tão voluntariosa em saber o calibre dos pepinos, o tamanho dos carapaus ou a embalagem do azeite nos restaurantes, não deixa de ser preocupante verificar que, afinal, todo este controlo dito tão rigoroso é provavelmente uma grandesíssima bandalheira.
 
PS: nunca o nosso prato típico "bife com ovo a cavalo" fez tanto sentido.
PS2: faço ideia a corrida às estantes dos supermercados pelas embalagens da Findus, principalmente por ex-utentes do Casal Ventoso, quando ouviram dizer que "havia cavalo nas lasanhas"

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