Geminação?

Segundo a Wikipedia (é um risco eu sei...), "a geminação de cidades, é um conceito que tem como objectivo, criar relações e mecanismos protocolares, essencialmente em nível económico e cultural, através dos quais cidades ou vilas de áreas geográficas ou políticas distintas, estabelecem laços de cooperação. Geralmente, as cidades gémeas têm características semelhantes (demográfico, por exemplo) ou pontos e referências históricas comuns. Estes acordos levam ao estabelecimento e intercâmbio cultural, partilha de conhecimento, ensino (estudantes) e políticas empresariais entre outras actividades."

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A Assembleia Municipal de Lisboa debateu na semana passada uma moção do Bloco de Esquerda para um acordo de geminação entre a capital portuguesa e Gaza (sim, Gaza!!, não é uma gralha!!), que acabou por ser aprovada com a abstenção do PSD, PS e CDS-PP e com os votos favoráveis do BE, PCP e PEV.

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Custa-me bastante a entender duas coisas: 1. é para este tipo de decisões que nós pagamos impostos? 2. que características semelhantes ou pontos comuns podem existir entre estas duas cidades?

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Eu sei que uma das propostas de Santana Lopes para Lisboa é encher a cidade de túneis e canais subterrâneos (havendo aí semelhanças com os utilizados em Gaza pelos terroristas do Hamas para transportarem armamento) e que alguns edifícios/mamarrachos em Lisboa deveriam ter o mesmo fim que os utilizados em Gaza pelos assassinos do Hamas (bombardeamentos e implosões), mas não consigo encontrar mais pontos em comum para tal geminação.

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O Bloco de Esquerda parece sofrer do síndroma da doença bipolar. Umas vezes parece uma agremiação política que representa uma esquerda moderna e visionária, mas outras vezes parece liderada por um conjunto de fracos alunos do Chapitô (e não estou a falar dos acrobatas, mas sim daqueles que usam uma bola vermelha no nariz e uns sapatos grandes).

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PS: falta apenas o BE assumir um acordo de cooperação com o Hamas. Eles vêm ensinar-nos a fazer cintos de bombas e o Bloco pode ensiná-los a deitar fogo pela boca sem provocar cáries.

Israel vs Hamas

Todos temos a nossa opinião sobre a guerra/ataque/resposta/defesa/chacina (chamem-lhe o que vos parecer melhor). Em primeiro lugar, as guerras são estúpidas! E as mortes que daí resultam ainda são mais cruéis.

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Durante meses e meses a comunicação social ignorou por completo o ataque de rockets do Hamas sobre a população israelita (não vimos nessa altura as imagens dos feridos e mortos israelitas). Tal como ninguém se lembra de ter visto na televisão a chacina entre o Hamas e a Fatah. A manipulação dos media na sua melhor (pior) forma.

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Em Portugal, vivemos num grande comodismo. Não temos catátrofes naturais, não temos ataques terroristas, não temos nada, para além dos nossos queixumes habituais ("está frio", "está calor", "os políticos são todos uns ladrões", "o Bynia é um coxo", etc). Assim sendo, colocamo-nos sempre numa posição de conforto para dar opiniões de tudo. E somos sempre solidários com histórias de coitadinhos, gostamos da tragédia e de sangue, mesmo que fiquemos enjoados (atentem aos mirones de incêndios, acidentes rodoviários, jogos da Selecção,...).

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Agora, confesso que me faz uma certa confusão ver a esquerda nacional defender tão afincadamente um grupo de terroristas que utiliza a sua população como escudo humano e que tem menos respeito pelos direitos humanos (vidé a situação das mulheres) que nós temos pelas pedras da calçada. A mesma esquerda que não há muitos anos atrás defendia (e defende?) regimes tão democráticos como o soviético, chinês, norte-coreano, albanês, jugoslavo (só para citar alguns).

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Subscrevo por inteiro o artigo de opinião publicado esta semana pela Inês Pedrosa no semanário Expresso intitulado "Os mísseis do Hamas são de chocolate". Entre uma organização terrorista e um Estado democrático haverá dúvidas na escolha? "Israel é uma nação, o Hamas é um gangue."

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PS: o texto já deverá estar disponível por aqui.