12 de setembro de 2012

Ecce Homo à la PPD/PSD/CDS/PP

Há umas semanas atrás descobriu-se que uma velhota de 80 anos, em Espanha,  tentou de uma forma bastante inocente e diligente diga-se de passagem, restaurar um quadro antigo (Ecce Homo) na localidade de Borja em Espanha. O resultado foi, literalmente, uma verdadeira borrada.

Louve-se o espírito de iniciativa da senhora. Perdoe-se a sua inocência.

Em Portugal, um bando de indivíduos vindos das madrassas políticas dos partidos, e eleitos com maioria absoluta pelos Portugueses (é necessário também nunca esquecer isso!!!), pegaram no seu Ecce Homo (a governação do Estado português) e resolveram destruí-lo completamente.

Quais são as diferenças fundamentais?

Em Borja, apesar da perda cultural, não existe um prejuízo directo para as pessoas (se calhar até pelo contrário: hoje conhecemos a localidade de Borja). Além disso, a avançada idade da senhora pode justificar a confusão entre aquilo que desejaria fazer e aquilo que efectivamente sabe fazer.

No caso português a situação é, incomparavelmente mais grave. Não só a tentativa de restauração do Estado irá custar (e muito!) a quase todos os Portugueses, como todas estas medidas não só não saíram de cabeças senis (ou então sim!!) como parecem resultar de todo um plano já previamente delineado não se sabendo bem qual o objectivo final (e aproveitando-se de um conjuntura económica favorável ao mesmo).

E isto sim é preocupante. A ideia que se tem de que um bando de indivíduos tomou agora de assalto o Estado não se sabendo efectivamente muito bem qual o plano final. E isto com agravante do silêncio, não só de um dos membros da coligação (Paulo Portas remeteu-se estranhamente ao silêncio nos últimos tempos, coincidindo curiosamente com o momento em que surgiram as notícias dos submarinos e das comissões geradas), mas sobretudo de um Presidente da República que mais não veio do que confirmar a sua falta de carisma (vamos chamar-lhe assim) para o cargo que ocupa.

Neste momento torna-se também imperioso perguntar à oposição (neste caso sobretudo ao PS), na situação actual, se fosse Governo, que estratégia efectivamente teria (olhos nos olhos, sem falinhas mansas, para termos a noção exacta do que é que nos espera num futuro imediato).


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