Saber que são os incêndios que mais lavram terrenos e terrenos por esse país fora deve ser humilhante para aqueles agricultores que investem numa actividade que os governantes (portugueses e europeus) repetidamente desprezam, como se a comida que aparece nos seus pratos caísse do céu de forma miraculosa.
Também já não consigo ver as reportagens dos incêndios na televisão. Entre entrevistar populares, bombeiros, autarcas, etc só deve faltar mesmo entrevistar o próprio fogo, algo que creio que alguns jornalistas (vamos chamar-lhes assim para perceber a ideia) já devem ter proposto aos seus directores editoriais. Para não falar daquelas reportagens em que o jornalista (ou tipo com um microfone na mão que tem de dizer umas coisas, para sermos mais exactos) tem mesmo o fogo a queimar-lhe já o cabelo... ou em que simplesmente metem-se pelo meio do mato só para atrapalhar o trabalho dos bombeiros e dos populares.
PS: sem que tenha nada a ver (é apenas para não fazer outro post sobre isto), ainda no rescaldo do caso Tristeza vs Ronaldo, no estágio da Selecção em Óbidos vi uma reportagem da Sic em que o jornalista daquela estação entrevista um jornalista de um canal ou jornal espanhóis. Quando jornalistas se começam a entrevistar uns aos outros já percebemos o quão baixo desceu o jornalismo no mundo...
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