31 de janeiro de 2013

Terrorismo de Estado

Este Governo reinventou o terrorismo de Estado.
 
Tudo aquilo que não conseguem fazer, ficam ressabiados e ameaçam sempre com represálias.
 
Quando o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais algumas medidas do Orçamento de Estado, nessa mesma noite à porta do teatro logo Passos Coelho anunciou, nervoso, que alguém tinha de pagar esta inconstitucionalidade.
 
Com o processo da TAP, em que o Governo teve a culpa de deixar arrastar uma situação (não é estranho o senhor não apresentar durante meses uma  mera garantia de bancária de 10 ou 20 milhões de euros quando tencionava investir 300 milhões?!) e depois fracassou, logo veio o Governo anunciar um reestruturação da companhia com o previsível anúncio de despedimentos.
 
Agora com a RTP, depois de todas as ideias originais de Relvas para a televisão pública terem fracassado, logo vem o anúncio de uma reestruturação com um possível despedimento colectivo.
 
Este Governo parece aqueles meninos mimados que fazem birra quando não conseguem o que querem.

18 de janeiro de 2013

Lance

Lance Armstrong é um aldrabão!!
 
Depois de anos a enaltecer-nos a força de um homem que venceu uma doença terrível e regressou em grande, afinal não passava de um drogado, de um janado...
 
Neste momento, a diferença no ciclismo não está entre quem se dopa ou não. Está entre quem se dopa melhor que o outro.
 
O ciclismo é uma espécie de Casal Ventoso com rodas.

9 de janeiro de 2013

O (des)Governo

Este é claramente o Governo pior preparado desde que me lembro.
 
E não tem a ver com a situação de crise que o país (e o mundo) atravessa.
 
Tem mesmo a ver com governantes, assessores e toda aquela trupe que exprimem gritantes sinais de total inexperiência em matérias Estado e/ou em questões empresariais.

Eu pergunto-me onde é que esta gente terá trabalhado efectivamente antes de aqui chegar. Falta-lhes trabalhar no Estado, falta-lhes trabalhar num empresa privada para perceber exactamente o que é o Estado e o que é a economia.

5 de janeiro de 2013

Um País Imaginário

Imagine-se um País cujo Presidente da República olha para o Orçamento de Estado e tem uma série de dúvidas mas promulga-o na mesma, empurrando a decisão da legalidade para o Tribunal Constitucional como quem diz "eu só vim ver a bola".
 
Um Presidente que, entre o vencimento de Presidente ou a reforma, preferiu receber a reforma. Ou seja, um Presidente amador que parece estar no cargo apenas por carolice. Imagine-se isto.
 
Imagine-se um Orçamento de Estado cujas dúvidas do Presidente sobre a sua constitucionalidade representam 1100 milhões €, valores que representam todos os cortes que irão ser feitos este ano, sejam reduções remuneratórias, suspensões ou agravamento impostos.

Imagine-se um País que, entre aumentos de IRS, sobretaxas e taxas de solidariedade, consegue tributar o mesmo rendimento duas (trabalhadores dependentes) ou três vezes (pensionistas).
 
Imagine-se um Secretário de Estado vir ameaçar que sem estas medidas o FMI fecha a torneira ao País. Imagine-se que isto é dito pouco tempo depois do Estado "ter investido", curiosamente os tais 1100 milhões de €, num banco falido com a desculpa de servir para evitar um risco sistémico no sector (apesar do banco representar apenas 4% do mercado e de existir um fundo de garantia para aqueles que ainda conseguem fazer poupanças).
 
Imagine-se que tudo isto seria real, não em África mas num país europeu, na tal Europa que se diz uma grande defensora dos direitos das pessoas, comparativamente com os demais continentes.
 
Não existe imaginação possível para tanta irresponsabilidade, insensatez e insensibilidade.

24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

 

Fraudes jornalísticas

A confirmar-se o caso do suposto funcionário das Nações Unidas que afinal parece não ser nada do que diz, isto é revelador do tipo de jornalismo que se faz em Portugal.
 
E não estamos a falar de pasquins mas sim da SIC, Expresso, Público e TSF que foram alegadamente aldrabados por este senhor.
 
Mas revela também que actualmente o tipo de jornalismo que se faz em Portugal não tem qualquer credibilidade já que nem sequer se investigam as fontes assumindo-se tudo o que algumas pessoas digam desde que isso possa provocar alguma polémica.
 
O trabalho de casa dos jornalistas - investigar se os dados correspondem à verdade - já nem sequer é feito por órgãos de comunicação social que ainda tinham algum idoneidade na nossa praça.
 
Parece que o senhor no passado tinha estado preso por fraude e até tinha feito parte da lista do Sr. Jorge Gonçalves na presidência do Sporting, salvo erro no Conselho Fiscal (ou seja, um mini-Vale e Azevedo).

22 de dezembro de 2012

Continuo a preferir de longe as tuas crónicas no Record...

 

As pensões de Coelho

Eu não suporto este Governo e quando o primeiro-ministro abre a boca normalmente a minha reacção é de riso irónico misturado com um qualquer palavrão que a escola da vida e a literatura moderna me têm ensinado.
 
Esta semana, quando Passos Coelho afirmou que existem pensionistas a ganhar mais do descontaram a 1ª reacção também foi essa. Mas, e colocando de lado que o objectivo é também criar uma divisão entre trabalhadores/pensionistas públicos e privados, em parte o primeiro-ministro terá razão.
 
A lei referente às pensões de reforma, até há pouco tempo, fazia o cálculo baseando-se nos 10 melhores anos dos últimos 15 de descontos para Estado.

Ora, é lógico que o sector público sempre saiu mais beneficiado com isto do que os privados, já o emprego no sector público é feito de carreiras (por analogia, é andar numa escada rolante, vai-se ali parado sempre a subir, ou quanto muito às vezes para-se). Isto é, na grande maioria dos casos, os funcionários públicos passam à reforma praticamente no topo das suas carreiras. Os 10 melhores anos dos últimos 15 eram esses.
 
Para além disso, não há despedimentos na função pública. Ao contrário dos privados, onde se podia estar a ter uma carreira ascendente espectacular e de repente ia tudo por água abaixo, começando tudo do zero (uma pessoa até podia ganhar 3000 euros até aos 50 anos e partir dessa altura ser despedido, voltar à estaca zero, e nos 15 anos seguintes passar a receber só 500 euros - quando passasse à reforma o cálculo seria feito com base nesses 500 euros).
 
E mais, nos privados existe um encargo da entidade empregadora (normalmente 23,75% a acrescer aos 11% desconto dos trabalhadores), o qual há bem pouco tempo não existia nos institutos ou empresas ou organismos públicos.

E já nem falo naquelas pessoas que nunca descontaram nada na vida (muitas vezes por opção) e que hojem têm pensões (ainda que miseráveis).
 
 

O "meu" centro comercial também tem um Pai Natal

Todos os centros comerciais têm agora um Pai Natal, ao colo do qual as crianças podem tirar fotos.
 
Eu não quero levantar suspeitas infundadas mas ter crianças ao colo durante o dia inteiro parece-me um trabalho deveras aliciante para todos os pedófilos que grassam por aí (e parecem ser, segundo se vê no Correio da Manhã, em número suficiente para ter uma página de grupo no Facebook).
 
 

20 de dezembro de 2012

A tua cruz espera por ti...

A capa da última edição do jornal Sporting é uma espécie de Última Ceia.
 
E em que Godinho Lopes aparece no centro como uma espécie de Jesus Cristo. Premonitório...
 
Uma vez que sou ateu agnóstico é-me indiferente, não me choca nada, que imitem uma imagem religiosa. A minha questão é somente esta, uma vez que sou pouco dado a temas religiosos: a Última Ceia não está relacionada com a Páscoa??!!

Godinho sempre em grande !!!

17 de dezembro de 2012

O (des)Governo

Este Governo está completamente a marimbar-se para a taxa de desemprego em Portugal.
 
Para eles tanto faz que a taxa de desenmprego seja de 15, 20 ou 25 por cento. Que sejam 800 mil ou 1.5 milhões.

As contas que lhes interessam são outras: é saber quantos desses é que ainda recebem subsídio de desemprego e por quanto tempo. Porque isso é que lhes representa um custo.

Este Governo vai destruir o país todo e quando essa destruição acabar, simplesmente vão perder eleições e quem vier que se amanhe porque eles vão para os seus lugares nas empresas privadas com todas as regalias e mordomias.
 
E assiste-se impávida e serenamente a tudo isto sem esboçarmos o mínimo de reacção. Hoje em dia Portugal é um país anestesiado pela austeridade, mas sobretudo pelo medo. O medo de perder a reforma, o medo de perder o trabalho, o medo de perder a dignidade. E quando se chega a este terrorismo psicológico é porque chegámos ao fundo.

O Fantasma de Belém

Não se trata de um conto de Natal, mas sim do fantasma que parece habitar o Palácio de Belém.
 
A confirmar-se a promulgação do Orçamento de Estado e apenas o posterior envio para fiscalização da constitucionalidade de algum conteúdo do mesmo chegámos a um estado em que até o Presidente da República se está já a borrifar para o que quer que seja.
 
Entramos no espírito do "Promulga-se e depois logo se vê o que dá". Que foi exactamente o que foi feito no ano passado com os resultados que conhecemos (inconstitucionalidades permitidas pelo Tribunal Constitucional pelo carácter excepcional da conjuntura).
 
Vivemos num atropela completo da lei fundamental do país, promovida por aquele que deveria ser o maior garante da aplicação em conformidade da mesma.
 
Neste momento já não somos a Grécia... também já não somos Portugal... somos uma espécie de Serra Leoa...

EUA

Cada vez que há um massacre nos EUA, logo vêm os governantes e as pessoas em geral perguntarem-se como é que é possível estas coisas continuarem a acontecer sucessivamente.
 
E a resposta é sempre a mesma: num país onde adquirir bebidas alcoólicas é mais difícil do que comprar armas de guerra estas coisas continuarão a acontecer periodicamente.
 
E de todas as vezes que ouvem esta resposta, os norte-americanos fingem não estar a ouvir. E há-de ser sempre assim enquanto o lobby das armas tiver um poder impressionante e os norte-americanos continuarem agarrados a certas normas da Constituição que hoje em dia não fazem qualquer sentido.
 
Em vez de resolverem o problema pela raiz (limite à compra e uso de armas), os americanos vão continuar a resolver as situações pela forma mais complicada, tornando as escolas autênticos fortes ou prisões de alta segurança.

E quando um país chega a este ponto, diz-me muito do que é a liberdade numa sociedade.

PS: um pequeno apontamento em relação ao tratamento que as televisões, em especial as portuguesas que são às quais acabamos por ter mais acesso, têm dado a este tema. Aqui se vê claramente que uma vida de uma criança norte-americana vale muito mais que uma criança asiática, africana ou sul-americana.

3 de dezembro de 2012

Popota

Eu vejo esta imagens da Popota (ou Hipopota para alguns) e confesso que o meu primeiro pensamento é que vou ser assaltado com alguma violência.
 
A animal assumiu este ano uma "slut fashion image" que tem tudo a ver com a criançada !! Então não tem !!!

29 de novembro de 2012

A Passo(s) de Caracol

Confesso que não vi a entrevista do primeiro-ministro.
 
Da mesma forma que prefiro ver o resumo dos melhores momentos de um desinteressante Feirense - Estarreja (em vez do jogo completo), também as entrevistas de qualquer membro deste Governo prefiro ver devidamente compactadas com os melhores/piores momentos.
 
Daquilo que vi,  mais uma vez o primeiro-ministro não nos disse nada de novo: o caminho será este mesmo que os números contradigam tudo o que o Governo prevê, mesmo que estejamos a caminhar para o abismo.
 
Parecemos um comboio desgovernado em que somos meros passageiros que sabem perfeitamente que o comboio vai descarrilar, gritamos para o maquinista parar ou abrandar e este responde-nos ainda com maior velocidade enclausurado na sua sala. O problema é que quando o comboio descarrilar completamente por uma ribanceira numa curva mais apertada, o único que vai conseguir saltar a tempo será o maquinista...
 
"Gosto" sobretudo das justificações do Governo: este é o nosso plano mas não conseguimos prever o que vai acontecer.
 
É mais ou menos do tipo "eu vou fazer um bolo com o forno a 1000 graus durante 10 horas - este é o meu plano - mas não posso prever o que vai acontecer... eu quero acreditar que vai ficar um bolo bem bonito". Não car****!!!! Vai ficar um bolo incinerado !!!!

28 de novembro de 2012

Despertai a Sentinela !!!

Na revista Sábado da passada semana vinha um artigo acerca do universo das Testemunhas de Jeová.
 
Não diria que fiquei chocado (é difícil chocarem-me a partir do momento em que já vi Nelo, Tavares, King ou Steve Harkness jogarem na equipa principal do Glorioso), mas fiquei surpreendido com algumas coisas. Ao pé das Testemunhas, os Manás e as IURD's parecem seitas quase sérias.
 
O que mais me surpreendeu foi o discurso de segregação que emana daquela gente. Na realidade eu sempre desconfiei de senhoras de meia idade que nos batem à porta à hora do jantar e a primeira coisa que nos dizem é que o Mundo vai acabar não tarda nada mas elas são a nossa Salvação (aliás, as Testemunhas de Jeová têm uma obsessão quase macabra com o fim do mundo, que já não parece um medo mas sim um desejo ardente!!).

Outra coisa curiosa foi serem contra a prática do desporto porque isso cria competição entre as pessoas. Pode estar aqui a génese do problema actual do Sporting. Terão sido eles "OPAdos" pelas Testemunhas de Jeová?
 
Provavelmente vou receber muitos comentários de Testemunhas iradas com estas apreciações. Aviso já que não aceito insultos menores que coisas do tipo "Você é filho do Diabo".

26 de novembro de 2012

Feliz Natal

Com a crise que grassa por este País, parece que os presentes / prendas de Natal para este ano, segundo um estudo, vão ser chocolates e roupa.
 
Eu já decidi que não vou entrar nesta onda e vou tentar ser original:

- para a minha Mãe vou-lhe fazer um desenho com uma casa a deitar fumo pela chaminé, uma árvore de fruto e um sol com muitos raios (vou evitar desenhar pessoas porque tenho sempre o problemas de fazê-las parecer ET's);
 
- para o meu vou-lhe fazer um cinzeiro em barro (mas como ele não fuma vou fazer um bocadinho maior para servir para colocar as canetas); 
 
Mas tudo com papel reciclado e com barro orgânico sem componentes artificiais.

Diminutivos

Em Portugal temos a mania dos diminutivos para tudo.
 
Já nem falo do bifinho, no cafezinho ou na continha...
 
O que realmente me irrita são diminutivos dos nomes. Existem na realidade 3 tipos distintos:
 
a) os diminutivos verdadeiros, em que o nome fica realmente diminuído, tipo Tó (António), São (Conceição), etc;

b) os diminutivos falsos, em que a única coisa que fica realmente diminuída é a auto-estima da pessoa: Migas (Miguel), Becas (Bernardo), Quico (Henrique);
 
c) e os não diminutivos como Joãozinho (João), Zézinho (José), etc, cujo nome não fica na realidade diminuído (antes pelo contrário!!!), mas também aqui provavelmente o que diminui é a auto-estima, na medida em que aquela tia que só nos vê nas festas de Natal vai continuar a chamar-nos assim mesmo que já tenhamos mais de 50 anos ("Zézinho, estás tão bonito! Já acabaste o curso?" - "Tia, eu tenho 56 anos, 3 filhos e um neto, o ano passado fui à festa dos 30 anos da licenciatura";