28 de janeiro de 2011

Sai! Sai! Sai!


Anteontem, no intervalo do novel fenómeno meteorológico típico de Vila do Conde, a chuva de penalties, resolvo dar uso ao comando, vulgo zapping, e acabo num programa que passava na RTP1 sobre um padre exorcista (não! não era na TVI!! parece incrível mas é verdade!).
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Divagavam sobre o espiritualidade entre opiniões de padres, psicólogos e psiquiatras. Conversa mole que pouco me interessa. O que eu gosto mesmo é do lado prático da coisa.
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E entre análises muito filosóficas do assunto, lá passavam imagens das práticas exorcistas realizadas pelo famoso padre septuagenário. E sejamos sinceros, a maneira como a coisa é feita é muito fraquinha. Os diálogos são muito sempre muito maus e repetitivos, não passando de "Sai! Sai! Sai!", o que, se eu fosse um espírito mau, de certeza que levaria a peito tanta falta de educação (as pessoas possuídas também se agitam sempre muito, o que prova que no além deve haver muito bom bailarino).
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Não há uma palavra bonita ("Boa tarde sr. espírito! Folgo muito em encontrá-lo. Vamos conversar aqui fora?"). Nada. É tudo à campeão tipo Chuck Norris a aviar vietcongs! Assim, é natural que o espírito nunca saia da sua zona de conforto. Se vocês tivessem um tipo que não conhecem de lado nenhum aos gritos à porta de vossa casa de "Sai! Sai malandro!", vocês saíam? Bem me parecia...

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