Vai um copo?

O mundo do sobrenatural sempre cativou a maioria das pessoas, seja pela atracção pelo desconhecido, seja pela busca de novas realidades que façam face à letargia dominante muitas vezes nessas mesmas pessoas.
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Quem é que não se lembra do entusiamo que gerou o célebre filme (real ou não) da operação a um ser alienígena? A tenacidade com que certas pessoas defendiam que o filme seria verdadeiro foi absolutamente impressionante (mesmo que fosse perfeitamente visível que era um boneco de borracha! ...e mal feito). Mas quem acreditou naquilo também deve acreditar que o Cláudio Ramos é heterossexual ou que o Mário Lino é mesmo ministro.
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Estava aqui a ver um filme e surge uma passagem em que as personagens resolvem fazer o chamado ‘jogo do copo’, em que num ambiento sombrio cheio de velas, se colocam à volta de uma mesa papelinhos com todas as letras do alfabeto, os algarismos, um Sim e um Não e a peça principal – o copo – que servirá para um suposto espírito invocado poder movimentar entre as diversas letras a fim de criar palavras que respondam às perguntas de quem está à volta da mesa. Giro, não?
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Este é o típico jogo feito na infância ou adolescência (à falta da colaboração feminina no 'bate-pé'). Eu próprio cheguei a fazer isto numas férias de Verão no Algarve nos meus já idos 15 ou 16 anos. E lembro-me perfeitamente do que aconteceu. O copo não se chegou a mexer, mas uma amiga minha começou a sentir-se mal e a vomitar. Concluí de imediato que tínhamos acabado de invocar o espírito de Gregório (também denominado de Grégo)...
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Acho que toda a gente já deve ter tentado isto, mas só conheço uma pessoa que tenha visto o copo mexer-se (e não tenho grande confiança no seu testemunho). Eu se fosse espírito ficaria um bocado aborrecido com este jogo... escrever frases, seleccionando letra a letra, parece-me um bocado patético, além de fazer perder muito tempo ao espírito (“um F, agora tenho de ir ao O, depois um D, agora onde é que puseram o A?, isto leva um hífen, depois um S e finalmente um E”)
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Este jogo é também percursor do Messenger, mIRC e afins. Os inventores dos chats inspiraram-se no jogo do copo, senão basta ver o tipo de perguntas que se fazem aos espíritos: “Olá! Tudo bem?” “Quem és?” “Donde teclas?”. Depois os nerds dos chats começaram a inventar outras (“Tens fotos em lingerie?”, “Estás sozinha em casa?”, "Vamos encontrar-nos?"), permitindo assim a massificação da pedofilia no mundo (eu sei... esta relação causa efeito dos chats com a pedofilia fazem parecer as teorias dos cataclismos, mais habituais em João César das Neves).
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