18 de março de 2013

Hoje somos todos cipriotas !!

As recentes medidas no Chipre, para fazer face à crise económica e financeira, é bem revelador do que nos espera, a nós europeus, a nós europeus oriundos de países periféricos.
 
Não existem realmente planos de recuperação ou de sustentabilidade económica futura. O que existe na realidade, por parte de Uniões Europeias, FMI's, BCE´s, autonomamente ou alinhados em triunvirato, são medidas avulsas, sem qualquer carácter económico-financeiro real para além daquele que significa mexer em dinheiro.

A recente taxação dos depósitos a prazo de 6% a 10% no Chipre, com o bloqueamento de movimentação de contas, tal como em Portugal com a redução de salários e reformas, representa não mais do que, não um cativação, não um furto, mas sim um roubo, e diria até um colossal roubo às pessoas (em Portugal os irmãos Metralha liderados pela dupla Gaspar&Coelho ainda não se haviam lembrado desta ideia peregrina, embora tivesse havido uns ameaços com o aumento da tributação sobre os juros dos depósitos).

Os políticos e governantes desta Europa defunta, não conseguindo amelhar com a subida de impostos (quem paga imposto desempregado? quem consome quando já pouco tem?), vão roubá-lo às poupanças das pessoas ("o quê? os gajos em vez de consumirem estão a poupar? já os lixamos?").

Para não falar do efeito que poderá ter no mercado financeiro cipriota (quando puderem mexer nas contas sabe-se lá o que poderá acontecer, desde o agravar da crise financeira até ao colapso total do sistema bancário). E veremos o efeito de repetição que isso poderá ter nos mercados bancários dos outros países que estão a ser supostamente "ajudados" (Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda).

Vivemos numa ditadura económica. Numa ditadura dos números. Numa ditadura da folha de Excel.

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