Exclusivo Mundo da Verdade!

Habituados que estão a que eu opine sobre quase tudo, desde a existência de Deus ao acasalamento de cangurus pernetas de Auckland, muita gente tem estranhado o meu silêncio acerca da construção da nova ponte em Lisboa (bem, muita gente será exagero... algumas pessoas... não, prontos, foram só duas... não, ninguém que saber...)
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Em primeiro lugar, devo dizer que os barreirenses são uns bimbos. Quando vi aquele entusiamo todo com que ficaram cheguei mesmo a acreditar que afinal iam lá construir a nova EuroDisney ou a Mansão da Playboy.
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Em segundo lugar, tenho de dizer que os barreirenses são uns bimbos. Quando começarem a ver os pilares da nova ponte a meio metro das marquises vão perceber que aquilo afinal não vai ser muito útil (e vai fazer sombra na roupa a secar obrigando-os a comprarem máquinas de secar... enfim, só despesa).
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Luís Filipe Menezes veio logo reivindicar que uma ponte útil seria era entre Algés e Trafaria, sobre o Tejo ou mesmo subterrânea (!!!), como se já não tivéssemos tido problemas com o Metro para Santa Apolónia... (entretanto demitiu-se...)
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A minha nova ponte para Lisboa seria esta:

Como podem verificar não se vê rio nenhum! E isto porque o rio simplesmente acabava!! (desviavam-no para dentro do Barreiro por exemplo – outra festarola - ou devolviam-no a Espanha).

O meu projecto passa por colocar uma gigantesca placa de cimento entre a zona de Carcavelos e Vila Franca de Xira no local por onde, hoje em dia, passa o rio (e não me digam que isto é inviável porque no Dubai estão a fazer um prédio com 850 metros de altura!!). E isto sem quaisquer faixas de rodagem ou sinalização. Desta forma, as pessoas poderiam atravessar o antigo Tejo por onde quisessem: entrar na placa em Oeiras e sair no Montijo, entrar na Expo e sair na Trafaria (de automóvel, bicicleta, trenó, às cavalitas, como quiserem). É o princípio do “o utilizador é que manda” ou do “eu é que construo a minha ponte”. Esta é a única forma de contentar todos os portugueses na velha máxima organizativa que rege este país há mais de 800 anos: “tudo completamente à balda e no fim logo se vê”.
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Esta enorme placa de cimento teria ainda uma função complementar, que seria o facto de servir também de novo aeroporto de Lisboa (já repararam na largura da pista?).
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O projecto TGV ficaria obviamente adiado sine die já que, com estas condições de condução verdadeiramente livres, qualquer automobilista português conseguirá andar ainda mais depressa que essa mariquice ferroviária, significando também uma poupança tremenda para o erário público (deixem os tugas andar a 200 Kms/h nos seus Fiat' Uno's e vão ver que eles também conseguem fazer Lisboa-Madrid em 3 horas...).
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A ponte 25 Abril ficaria como está, na medida em que é um excelente bibelot, além de que entraria de imediato no Guiness como a maior ponte suspensa do mundo sobre um bloco de cimento gigantesco.
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Agora fico à espera que os tipos do LNEC me venham bater à porta para discutirmos pormenores...