Pedro Santana Lopes é o John Rambo da política portuguesa. Para além do facto de ambos, nalgum momento das suas vidas, terem usado uma fita na cabeça, tal como o herói americano também Santana Lopes gosta de rebentar com tudo por onde passa: Figueira da Foz, Sporting (obrigado, Pedro!), Lisboa, Governo, PSD. Mas ao contrário de Rambo, cujas acções prejudicam os inimigos da América, no caso de Santana os mais lesados são sempre os seus compatriotas.
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Mas Santana não é só pontos negativos. Ele é o responsável, num período tão curto como foi o seu mandato de 1º Ministro (6 meses?), por ter tornado milionários todos os humoristas portugueses. Nunca os humoristas tiveram tanto trabalho em Portugal. Nunca ninguém ficou tão rico em tão pouco tempo. E isso, reconheçamos, devemos todos à obra de Santana.
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Santana foi sempre político, não lhe conhecemos mais nenhuma virtude (se é que ser político em Portugal poderá ser alguma vez considerado uma virtude). Ele até poderia ser um excelente artista de bricolage ("Sabes quem é que me arranjou a fechadura da porta da dispensa? O Santana."). Mas não, foi sempre político, que nem sequer é uma profissão.
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E também é sempre candidato a tudo. Eu desconfio até que ele deve ser administrador do condomínio em que certamente viverá. Ou, pelo menos, de certeza que se candidatou. E à Associação de Pais da escola dos filhos. Tudo o que meta eleições lá está o homem. O homem gosta é de holofotes. Aliás, devia haver merchandising do Santana. Conhecem aqueles bonés da bola com duas mãos em que puxamos um cordel e batem palmas? No loja do Santana teríamos um panamá com um holofote incorporado... Ou então um fato clássico italiano mas com jornalistas em tamanho real colados e com microfones apontados (ou em alternativa, para sair à noite, o mesmo fato mas com uma miúdas, também em tamanho real...)
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Pedro Santana Lopes anda na política há imensos anos, mas não lhe reconhecemos uma única ideia para o País. Aliás, se recuarmos e tentarmos lembrar-nos do que ele tenha dito ou feito nos últimos tempos, lembramo-nos do quê?:
- "Vou andar por aí...", estilo cão vagabundo...;
- "Não vou responder a mais nada...", quando ficou amuado com o directo do Mourinho e abandonou uma entrevista onde deveria falar dos problemas do País;
- "O Eng. Sócrates gosta de outros colos...", insinuação que ainda hoje penso que não percebemos bem o que ele queria dizer, no âmbito das legislativas;
- "Sou o menino guerreiro", certamente uma mistura de Shogun com Candy Candy;
- "...irmão que vai bater no bebé que ainda está na incubadora", naquela que é provavelmente a analogia mais parva que ouvi em toda a minha vida (e eu costumo ouvir conferências de imprensa de presidentes, treinadores e jogadores da bola);
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Se nos queremos divertir e rir à grande, penso que Santana responde a todos os requisitos. Agora, se queremos políticos sérios e com visão de Estado, penso que teremos de ir por outro caminho. Mesmo que o preço a pagar seja passarmos menos tempo divertidos (mas na FNAC encontramos o DVD do Benny Hill... e por 19.95 € divertimo-nos quase tanto como com o menino guerreiro).
3 comentários:
Miguel....és o maior!!!
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AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
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Abraço....
P.S:- Tás-te a esquecer do dinheiro que os humoristas ganharam com o Sousa Cintra...deve andar ela por ela com este...
Coitadinho do Santana, foi uma cabala. Não podem ver um homem bem sucedido e rodeado de mulheres nas festas do Kastelo. Invejosos !
Miguel,
verdadeiramente fabuloso! O próximo é sobre o Alberto João Jardim, certo? ;)
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