Há uma clara falha em todos os tratados anteriores ao de Lisboa... nenhum prevê que é proibida a realização de referendos europeus nos países membros...
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Para quê estar a aborrecer os cidadãos europeus com perguntas sobre os Tratados? Só porque isso afectará a vida de todos eles? Isso não parece muito importante para os políticos europeus, interessa é fazer grandes festas de 'assina-papéis' com cantores e holofotes e dizer que estamos todos a seguir o mesmo caminho, embora alguns países pareçam estar a ir de Ferrari e outros de carro de bois...
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Tudo isto relativamente às reacções dos políticos europeus ao Não da Irlanda ao Tratado de Lisboa. Desde expulsar a Irlanda da UE, chamar-lhes ingratos e até, para mim a preferida, fazer consecutivos referendos até ganhar finalmente o Sim. É isto que os políticos europeus pensam da democracia: "é uma coisa muito gira, desde que o povinho não interfira".
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Já estou a imaginar o boletim de voto no próximo referendo na Irlanda:
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4 comentários:
Miguel isso da democracia é muito bonito mas se perguntares aqui á dona Diolinda do 4º esquerdo qual deve ser o futuro da Europa ela responde-te que o queijo limiano é rico em calorias.
O "povinho" elegeu "meia dúzia de gatos pingados" para fazer exactamente isto - o que o "povinho" não é capaz de fazer - gerir países e comunidades.
Quanto à Irlanda o "povinho" vota de acordo com as cores políticas. Dizem "não" não pelo que está em questão (porque não percebem patavina) mas sim como protesto interno.
... Enquanto nos países europeus da UE os referendos são opcionais (decisão dos parlamentos), o referendo ao Tratado é obrigatório na Irlanda devido à sua constituição... mas não deixa de ser evitável para os outros, por uma razão: como elucidar 100% da população de um país sobre o conteúdo do tratado... ? Missão impossível, não ?
... Aposto que 80% dos irlandeses nem sabia o que estava a votar ...
...Falar de votar em consciência ... e falar de conferir o voto a uma comunidade escassamente informada... não sei o que é pior !
Os referendos são questionáveis porque quase sempre as pessoas vão votar para um referendo sem saber muito bem para que votam. E neste caso, penso que é um pouco disso que se trata. Se fores perguntar aos 400 milhões de europeus o que está consagrado no Tratado de Lisboa, acredito que nem um décimo saiba responder a essa pergunta. É triste mas é a realidade!
o problema é que as pessoas não sabem porque os governantes não estão interessados em explicar-lhes...
eu sou da opinião que um referendo em Portugal sobre a Europa já não faria sentido porque já se perdeu essa oportunidade... os referendos deveriam ter começado logo no início do processo de adesão... a meio também creio que já não façam muito sentido...
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