19 de janeiro de 2008

A Reflexão

Os blogs que tenho visitado este mês estão, na maior parte dos casos, dados a grandes questões existencialistas. Eu percebo esta pré-depressão: fim das festas (fim do dinheiro de Dezembro, incluindo subsídio de natal), os aumentos de todos os produtos (sempre bastante acima da inflação, mas depois a inflação não sobe... estranho), o Inverno de Janeiro, as carreiras do SL Benfica e do Sporting na Liga, as manobras do Governo e ausência de Oposição. Ou seja, pelo menos 8 milhões de portugueses estarão à beira de um esgotamento (os outros 2 milhões ou são reformados ou já estão de baixa por esgotamento).
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Eu sei que o início de ano é sempre dado a grandes balanços e a famosas resoluções para o novo ano (vou fazer isto, vou fazer aquilo, blá blá blá). Não condeno, mas pessoalmente não sou grande adepto deste tipo de ensejos pessoais. O que não quer dizer que não ache que as pessoas devam reflectir. Há realmente momentos na vida em que as pessoas consideram que se torna imperioso parar para reflectirem, pensarem nas suas vidas e no caminho que lhes querem dar.
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Geralmente fazem-no quando isso implica grandes decisões. O casamento é muito apelativo a esse tipo de sentimentos. A escolha entre Sonasol tradicional ou limão também é sempre bastante complicada. A decisão de ter filhos também implica um grande discernimento (ou não, se nos deixarmos entusiasmar com o momento e tivermos 16 anos de idade). As mudanças profissionais também dizem que tiram noites de sono (a mim, as únicas coisas que me tiram o sono são o café e o esquema táctico do Benfica ou, como eu lhe chamo, “o que é aquilo?!!!”).
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Muitos seres humanos, e também futebolistas e modelos, são gozados por dizerem habitualmente que deram uma “volta de 360º” às suas vidas (eu também já fiz um 360 mas foi no jogo de skate do Tony Hawks, no meu saudoso Spectrum 48k – 250 pontos de bónus! vai buscar!!). Porque 360º é voltar ao mesmo sítio, dizem entre risinhos histéricos e pedantes. Mas esses críticos chico-espertos, invejosos por não terem a habilidade técnica de um Petit ou os conhecimentos matemáticos de uma Matadinho, são os mesmos que acabam por dizer que precisavam de “dar uma volta às suas vidas”. E meus amigos!!!! Eu nunca fui um arauto da geometria, mas está-me cá a parecer que “dar uma volta” serão exactamente... hummm, deixa cá ver... 360º?!?!?!... E o burro sou eu??!!
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Também eu acho que há momentos muito importantes para reflectir. Habitualmente defino um período temporal da vida em que esse sentido reflectivo deve estar o melhor apurado possível: desde o dia em que nascemos até ao dia em que vamos morrer. O resto do tempo que nos sobra deveria ser para podermos reflectir ainda mais um bocadinho.
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Tudo isto só para dizer que hoje, aproveitando este isolamento, resolvi parar para reflectir um pouco sobre a minha vida e o caminho que está tomar. Foram exactamente 1m19s da mais pura e genuína reflexão (quase meditação transcendental ao melhor estilo do Dalai Lama). Só parei para ir tomar uma Aspirina, já que não aguentava mais as dores de cabeça. A reflexão até pode ser uma coisa muito bonita, mas só para quem não tem mais nada na cabeça com que se preocupar.
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Obrigado e bom dia!
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PS: Estavam à espera de grandes reflexões sobre a vida, não? Pois... mas isto não é o blog do Pulido Valente, do Pacheco Pereira ou do Pedro Strecht....
PS2: a verdade é que eu inventei este texto todo só para poder utilizar aquela frase do Filipão...
PS3: quem também reflectia bastante era o Exterminador Implacável e o Robocop e vejam no que aquilo deu...
Xbox: como já repararam, estes post-scriptum são só para encher chouriços...
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9 comentários:

Cristina disse...

E enquanto perdes tempo a escrever estas enormidades, há pessoas a preocuparem-se contigo (depois explico).

Beijinho ;)

Daniela Sousa Photography disse...

pronto reflectiu... piorou de vez...

Angelo disse...

AH AH! Como te entendo! Eu tambem costumo reflectir... Muitas vezes sentado numa coisa branca de porcelana. E tambem nunca leva muito tempo.
Abaixo as questoes metafisicas que so nos causam e dores de cabeca!

Miguel F. Carvalho disse...

é preciso uma pessoa do Japão para concordar comigo!! ao menos isso!! lol

Cristina, que mistérios são esses? lol

Cristina disse...

Simples, Miguel: ouvi na rádio um acidente em Angola que envolvia 2 tugas. Na minha mente surgiu um nome: o teu! Até que o Horas me tranquilizou e disse que estavas em Moçambique.

Miguel F. Carvalho disse...

bastava esperares pelos nomes e idades e vias que não era eu...

mas obrigado pela preocupação. :-)

Cristina disse...

Moço, estava em viagem... e as notícias de 30 segundos das rádios nacionais não fornecem assim tantos dados ;)

Só soube a identidades dos gajos depois das 17 horas quando cheguei a casa :s

Miguel F. Carvalho disse...

ah ok... :-)

Catarina disse...

Acordas sempre assim? Ou é falta de alguma coisa? Irra!!!